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Canibais condenados a penas de 19 e 21 anos de cadeia

O Tribunal de Justiça de Pernambuco, Brasil, condenou a penas de 19 e 21 anos as duas mulheres e o homem conhecidos como os ‘Canibais de Garanhuns’. Ficou provado que as três pessoas mataram, esquartejaram e comeram o corpo de uma jovem de 17 anos em maio de 2008 em Olinda.

Sob um clima de revolta dos populares, Jorge Beltrão Silveira, de 52 anos, foi condenado a 21 anos e seis meses de reclusão em regime fechado, mais um ano e seis meses de detenção e 320 dias de multa. Isabel Cristina Pires, de 53, foi condenada a 19 anos de reclusão. Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi condenada a 19 anos de reclusão e um ano de detenção.

Jorge Beltrão, marido de Isabel e amante de Bruna, assumiu ter sido responsável pelo golpe que matou a vítima, Jéssica Pereira, pelo esquartejamento e ocultação do cadáver. Em tribunal, disse ter sido movido pela crença de que estaria a “melhorar o mundo”, seguindo os ritos da seita criada por si e pelas mulheres, a que chamaram Cartel.

O homem diz ter consumido a carne da jovem por diversas vezes em rituais de purificação e afirmou ter problemas de depressão, embora peritos tenham afastado a hipótese de doença mental.

Criança também comeu carne

Isabel Pires, que negou ter participado na morte da jovem, admitiu ter consumido a carne, que também deu a comer à filha da vítima. Desmentiu, no entanto, a informação avançada na altura da detenção, em 2012, de que teria feito salgados com a carne da vítima para depois vender.

“Congelámos e preparámos a carne de diversas formas. Mas inventei a história dos salgados para poder ser internada num manicómio”, disse em tribunal.

Por fim, Bruna disse ter sido coagida por Jorge para ter cometido os crimes de ocultação de cadáver e consumo de carne humana. 

Os três condenados estão igualmente indiciados pelos homicídios de Giselly Helena da Silva, de 31 anos, e Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, mortas em fevereiro e março de 2012, mas o processo ainda não transitou em julgado. Os advogados vão recorrer da sentença.

Fonte: Correio da Manhã de Portugal