A Câmara dos Deputados estendeu o cálculo de reajuste do salário mínimo a aposentados e pensionistas do INSS.
Uma decisão pesada para o caixa da Previdência Social: R$ 9,2 bilhões a mais por ano, segundo o governo. Por 206 a 179 votos, os deputados estenderam aos 10 milhões de aposentados e pensionistas que recebem mais um salário mínimo a formula de reajuste que vai continuar em vigor até 2019: inflação do ano anterior ao da data do reajuste mais a variação do PIB de dois anos antes.
Os outros 22 milhões de pensionistas que recebem um salário mínimo já são contemplados por essa regra. O governo era contra a extensão do reajuste.
“O que foi feito aqui não tem sustentação financeira para bancar essa aprovação”, declara o deputado Sibá Machado (PT/AC), líder do governo na Câmara.
O vice-líder do PSDB, Nilson Leitão, disse que a Previdência tem dinheiro para pagar. “A oposição vota com responsabilidade. Iresponsável é o governo, que não cumpriu o seu papel. Governar é priorizar e ela não priorizou o seu governo”, afirma o deputado Nilson Leitão (PSDB/MT), vice-líder do partido na Câmara.
Mas o texto aprovado na Câmara dos Deputados ainda precisa ser discutido e votado no Senado. Depois segue para analise da presidente da República, que pode vetar ou mandar publicar no Diário Oficial para que vire lei.
O presidente do Senado disse que vai trabalhar para não aprovar projetos que impliquem em mais gastos para o governo, as chamadas “pautas-bomba”.
“Essa questão da pauta-bomba não vai preponderar no Legislativo, nós temos absoluta preocupação com o equilíbrio fiscal e cabe ao Congresso Nacional sugerir caminhos, alternativas, saídas. Esse é o desafio que a população está nos entregando”, diz o senador Renan Calheiros (PMDB/AL), presidente do Senado.
Fonte: Jorrnal da Globo
