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Brasil repatria 182 milhões de reais de Barusco

O Ministério Público Federal divulgou na noite desta quarta-feira que já conseguiu repatriar 182 milhões de reais que pertenciam ao ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco. O montante a ser recuperado ainda deve aumentar. Isso porque Barusco aceitou facilitar a devolução de 97 milhões de dólares, desviados de contratos da Petrobras, quando fechou acordo de delação premiada em que se comprometeu a colaborar com as investigações da Operação Lava Jato em troca de punição mais branda da Justiça.

No começo da tarde, a Justiça Federal do Paraná divulgou que já haviam sido recuperados 139 milhões de reais. Esse montante já está depositado em conta administrada pela 13ª Vara Federal do Paraná, onde atua o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância.

Mas, no começo da noite, o Ministério Público Federal explicou que ainda ainda há 43 milhões de reais, em moedas estrangeiras, que precisam ser convertidos e também serão depositados em conta administrada pela 13ª Vara Federal do Paraná. Pela taxa de conversão desta quarta-feira, esses 43 milhões de reais são resultado da conversão de 12.459.685,51 dólares, 222.191,59 euros e CHF 1.118.606,43 francos suíços.

Embora o destino final seja ressarcir os cofres públicos, nem todo o dinheiro recuperado do delator será devolvido pela 13ª Vara Federal do Paraná. Ao final da repatriação, 29,5 milhões de dólares ainda vão ser destinados inicialmente para a Justiça Federal do Rio de Janeiro, onde Barusco responde a outro processo criminal por corrupção.

A fortuna ilícita recuperada de Barusco constitui a maior repatriação da história do país. Barusco também colaborou com a Justiça ao apontar qual foi a fatia desviada pelo ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e pelo tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, que também recebiam propina por facilidades em contratos da Petrobras. Segundo depoimento de Barusco, o PT recebeu até 200 milhões de dólares desembolsados por empreiteiras que participavam do esquema de corrupção da Petrobras.

Fonte: Veja