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Brasil negocia aviões para ir à Índia buscar doses da vacina de Oxford

Em meio às críticas de atraso para definir o “dia D” e a “hora H” para início da vacinação, o governo negocia aviões para buscar as doses das primeiras vacinas de Oxford que devem ser aplicadas no Brasil e também insumos para produção de novos imunizantes contra a Covid.

A ideia é enviar dois Boeings para trazer o material. Um deles iria à Índia para pegar as 2 milhões de doses prontas que devem ser entregues pelo Serum Institute, um dos centros vinculados à AstraZeneca para produção da vacina de Oxford. Já o outro iria à China para buscar a matéria prima que deve ser usada para produzir as demais doses no Brasil, por meio da Fiocruz, que tem um acordo com a farmacêutica.

Integrantes da Saúde querem que o avião que vai buscar as doses já prontas até sexta-feira (15), segundo a reportagem apurou. Já a Fiocruz informou oficialmente que a expectativa é de que a chegada das vacinas ocorra “ainda na próxima semana”.

Apesar da previsão, o governo não fechou ainda todos os detalhes da logística e não definiu a empresa que vai fazer a viagem. A ideia é usar voos comerciais, cujos aviões seriam mais rápidos que os da FAB (Força Aérea Brasileira).

Enquanto não fecha essa busca, uma equipe do ministério já prepara materiais publicitários para divulgar a chegada das vacinas ao Brasil. O grupo estuda colocar uma logomarca nas aeronaves e usar a mensagem “Somos todos uma só nação”, slogan usado no anúncio do plano nacional de vacinação.

Governadores avaliam que o ministério tem pressa para trazer a carga ainda na tentativa de iniciar a imunização com as doses da AstraZeneca antes de o governador João Doria (PSDB) começar a vacinação em São Paulo com as do Butantan –que agora também devem fazer parte do plano federal. Ambas as vacinas, no entanto, ainda dependem de aval da Anvisa para serem aplicadas. Atualmente, a agência avalia pedidos de uso emergencial dos dois laboratórios.

Fonte: Folhapress