O homem mais rico do mundo, o bilionário americano Bill Gates, tem uma solução para diminuir a pobreza no mundo. Em uma publicação recente em seu blog, o fundador da Microsoft diz que se tivesse de viver com apenas US$ 2 (o equivalente a R$ 6,80) por dia, ele criaria galinhas. “Sei que parece engraçado, mas eu estou falando sério quando digo que estou muito entusiasmado com galinhas”, escreveu no blog.
O entusiasmo todo tem uma explicação simples: Gates acredita que as galinhas seriam uma alternativa econômica capaz de gerar renda a famílias pobres. Tanto é que a Fundação Bill e Melinda Gates fez uma parceria com a Heifer Internacional para aumentar de 5% para 30% o número de famílias na África Subsaariana que criam galinhas.
“Não há uma única resposta certa [para acabar com a extrema pobreza], claro, e a pobreza sempre parece diferente em lugares diferentes”, escreveu Gates.
O bilionário, que ao lado de sua mulher criou a Fundação Bill e Melinda Gates, pela qual direciona recursos para a área de saúde e educação, falava sobre as dificuldades em diminuir a pobreza no mundo. Atualmente, um bilhão de pessoas vive em condições de extrema pobreza.
“Por meio do meu trabalho com a fundação, conheci muitas pessoas em países pobres que criam galinhas, e aprendi muito sobre as dificuldades de criar essas aves. Ficou bem claro para mim que praticamente qualquer pessoa vivendo em condições de extrema pobreza teria uma vida melhor se tivesse galinhas”, escreveu Gates.
Em seu blog, ele listou razões. Galinhas são baratas, é fácil tomar conta delas, são um bom investimento, comer galinhas (e ovos) faz bem à saúde, e elas podem gerar renda que vai empoderar mulheres que assumem um papel empreendedor em suas comunidades.
Após viagens à África, Gates descobriu que em três meses, o dono de oito a dez galinhas pode chegar a um total de 40 pintinhos. Considerando que o preço de venda por animal seria de US$ 5 (cerca de R$ 17), que o bilionário aponta como sendo típico na África Ocidental, o dono de um galinheiro poderia levantar até US$ 1 mil (o equivalente a quase R$ 4 mil) por ano. Isso seria uma grande conquista, já que a renda de pessoas que vivem em extrema pobreza atinge a linha de US$ 700 (R$ 2,37 mil) por ano.
Fonte: Época Negócios
