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BC diz que Cunha mantinha dinheiro fora do país e omitiu das autoridades

A Procuradoria-Geral do Banco Central emitiu um parecer em que afirma que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, mantinha recursos no exterior e que omitiu isso das autoridades do Brasil.

As conclusões do Banco Central chegaram ao Conselho de Ética da Câmara na quarta-feira (7), entregues pessoalmente por técnicos.

O Jornal Folha de S.Paulo revelou, neste sábado (9), que o parecer contesta a versão do presidente da Câmara. E aponta que Eduardo Cunha manteve recursos no exterior sem declarar.

O Jornal Nacional teve acesso à integra do parecer do Banco Central. O relatório destaca que:

“De 31 de dezembro de 2007 a 31 de dezembro de 2014, há elementos que demonstram, para além de toda dúvida razoável, a existência de capitais brasileiros no exterior vinculados, direta ou indiretamente, a Eduardo Cunha”.

“Que está caracterizada a infração de não fornecimento de informações ao Banco Central do Brasil”.

“Que não há como negar, na seara administrativa, a configuração da materialidade e da autoria na omissão na prestação de informações sobre capitais brasileiros no exterior”.

“Que Eduardo Cunha tentou recusar vínculo jurídico com os valores, fora do território nacional, ao final inapelavelmente caracterizado – quer por meio da conservação de titularidade sobre eles, quer pela atuação dos trustees em seu nome”.

Os trustees são os administradores dos recursos atribuídos ao presidente da Câmara no exterior.
No parecer, os técnicos citam entrevista dada ao Jornal Nacional pelo presidente da Câmara, em novembro do ano passado, quando Eduardo Cunha disse que não era o dono do dinheiro.

Para o Banco Central há provas da omissão de Cunha. No relatório os técnicos detalharam: o dinheiro não declarado estava em três contas: Triumph, Orion e Netherton.

Fonte: Jornal Nacional