O Banco Central (BC) decidiu ontem (24) desfazer uma das principais medidas para combater a crise internacional iniciada em setembro de 2008. A instituição anunciou o aumento do recolhimento de compulsório bancário sobre depósitos a prazo (como os populares CDBs), voltando aos níveis anteriores à crise.
O anúncio foi feito pelo presidente do BC, Henrique Meirelles. Segundo ele, a medida é uma “estratégia de saída das medidas tomadas para combater a crise”. Na prática, com a medida, será reduzida a quantidade de recursos disponíveis para empréstimos a pessoas físicas e empresas no mercado financeiro.
O recolhimento compulsório é a exigência de que os bancos deixem uma parte do dinheiro de seus clientes congelados no BC e usem os recursos para empréstimos.
Na crise, o BC criou facilidades, reduzindo o compulsório bancário sobre os depósitos a prazo, com o objetivo de dar mais liquidez ao mercado, medida que acabou transferindo R$ 99,8 bilhões do recolhimento compulsório para os bancos, possibilitando a manutenção da oferta de crédito.
De acordo com o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, com a volta dos patamares anteriores à crise, devem sair do mercado financeiro pelo menos R$ 70 bilhões que vinham sendo aplicados livremente pelas instituições financeiras.
Fonte: Agência Brasil