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Barbosa diz que economia vai se recuperar a partir do último TRIMESTRE DO ANO

Após reunião no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff, oministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que apesar da revisão da meta de superávit primário, anunciada na semana passada, o governo espera retomada do crescimento econômico no último trimestre deste ano e já vê sinais de recuperação em alguns setores. Com a revisão da meta, o governo irá reiniciar o diálogo com lideranças da base aliada no Congresso para ver aprovado o projeto de lei com o novo número, que passou de 1,1% do PIB para 0,15% do PIB.

— Apesar de o resultado primário ficar abaixo do que inicialmente prevíamos, ainda assim é uma trajetória de elevação do resultado primário. Que é consistente, de um lado, com a responsabilidade fiscal, porque isso vai estabilizar e depois reduzir o endividamento do governo, e também é uma estratégia de responsabilidade social. É compatível com a manutenção dos principais programas do governo e com a recuperação da economia, que nós esperamos que já comece a acontecer a partir do final deste ano, a partir do último trimestre de 2015 e ganhe força a partir do ano que vem — disse Nelson Barbosa.

Segundo o ministro, setores como o de exportações e o agronegócio já mostram recuperação. Barbosa admitiu que o país vive um momento de reequilíbrio de suas contas e que nesse período é natural que haja um aumento temporário da inflação. Mas, segundo ele, a economia e o Estado têm condições de absorver as flutuações do mercado. A tendência, disse, é que as flutuações cambiais se estabilizem e o endividamento do Estado caia.

— Temos um aumento temporário na inflação deste ano, mas as expectativas para o ano seguinte já indicam uma redução mais rápida para a inflação. Estamos numa fase de reequilíbrio, numa fase de ajuste. Durante essa fase há um aumento temporário da inflação e uma redução da atividade econômica, com flutuação de alguns preços. Mas a direção está mantida. De reequilibro macroeconômico, de manutenção da estabilidade fiscal e monetária e de recuperação do crescimento da economia — afirmou.

Barbosa disse que o governo não pensa em utilizar o estoque de reservas internacionais para conter o câmbio. Ele afirmou que o estoque de reservas internacionais , hoje em mais de US$ 360 bilhões , é um ativo que o governo brasileiro tem, que dá maior autonomia na condução de sua política econômica. E isso é uma decisão que não é de agora.

Fonte: Época Negócios