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Atlético-MG conquista o 3° lugar no Mundial de clubes

O Atlético Mineiro precisou lutar muito por sua dignidade no Mundial de Clubes. Foi com um gol improvável de Luan, foi com Ronaldinho Gaúcho expulso, foi sofrendo como o torcedor do clube se acostumou a sofrer.

Mas o clube mineiro deixou o Marrocos com uma vitória e com o terceiro lugar: 3 a 2 contra o Guangzhou, da China, com gols de Tardelli, Ronaldinho e Luan. Conca e Muriqui descontaram.
O Atlético entrou em campo em busca não apenas da terceira colocação. A medalha de bronze e um lugar no pódio importavam pouco. O objetivo era, nas palavras de Cuca e dos jogadores, deixar a competição com dignidade.

Era dar uma homenagem à torcida que foi ao Marrocos. Muitos dos mais de 10 mil atleticanos que viram a derrota para o Raja voltaram ao Grand Stade de Marrakech neste sábado; outros tantos venderam seus ingressos para não sofrerem mais uma vez.
E o primeiro tempo foi um sofrimento. Antes de a bola rolar, a torcida gritava uma frase que é famosa nos momentos difíceis do clube. “Eu quero é raça… Do time todo!”
A resposta em campo veio logo a 2 minutos. Marcos Rocha – mantido entre os titulares, como todo o time que fracassou contra o Raja – encontrou Tardelli livre na área, e o atacante deu um carrinho para abrir o placar.
Mas a reação do Guangzhou não demorou. Aos 8 minutos, Elkeson avançou pela direita e chutou a bola no travessão, Lin Gao pegou o rebote e cruzou para Muriqui, enfim, empurrar a bola para a rede.
Cinco minutos depois, em novo ataque do Guangzhou, Lucas Cândido cometeu pênalti em Lin Gao. Na cobrança, Conca fez o segundo. Parte da torcida do Atlético no estádio gritava “Vergonha!”
Mas o grito logo foi substituído por outro, de incentivo. E foi ao som de “Galo! Galo!” que Ronaldinho quase marcou de falta, aos 36 minutos. O goleiro Li Shuai fez ótima defesa.
Nove minutos depois, quando o primeiro tempo já se encaminhava para o fim, outra falta surgiu no caminho de Ronaldinho. E, em sua segunda chance, o camisa 10 não perdoou. Em mais uma cobrança perfeita, ele fez o segundo gol do Atlético na partida, e também seu segundo na competição.
No segundo tempo, a torcida do Raja – que já chegava ao estádio – passou a apoiar o Atlético, e o grito de “Raja Mineiro” surgiu nas arquibancadas.
Em campo, no entanto, a empolgação era toda do Guangzhou. Em três minutos, a equipe chinesa tevê três ótimas chances. Aos 10 minutos, Conca chutou por cima; aos 11, Victor fez milagre em chute de Muriqui; aos 12, uma cabeçada de Elkeson acertou o travessão.
Era preciso fazer algo para evitar outra derrota, e Cuca – em seu último jogo como treinador do Atlético – tentou mudar o ritmo do ataque com Luan no lugar de Jô. Tardelli passou a ser a referência no ataque.
Aos 25 minutos, justamente em jogada de Luan, o Atlético quase marcou o terceiro. O jovem atacante desarmou um rival pela direita e cruzou para Ronaldinho, que só não marcou pela segunda vez no jogo porque Young Gwon Kim salvou em cima da linha.
Luan era a arma mais perigosa do ataque atleticano. Aos 32, ele tentou de letra após cruzamento de Leonardo Silva, mas a bola foi para for; aos 35, chutou de longe, nas mãos do goleiro rival.
Aos 40 minutos, quando o Atlético era melhor na partida e parecia perto do terceiro gol, um lance mudou o destino do jogo: Ronaldinho tentou cavar uma falta perto da área e, ao cair no chão, foi chutado por Zhao Xuri. O camisa 10 revidou. O árbitro iraniano Alireza Faghani expulsou o brasileiro – o chinês continuou em campo.
O destino do Atlético parecia traçado mais uma vez. Mas a dignidade, buscada incessantemente desde a derrota para o Raja, foi alcançada graças a um gol de Luan aos 46 minutos da segunda etapa.
Fonte: ESPN