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Aliança PSB-PSDB em SP tenta barrar influência de Lula e aproxima Campos e Aécio

A coligação oficializada nesta sexta-feira entre PSB e PSDB em São Paulo, maior colégio eleitoral do país com 32 milhões de eleitores, tem uma dupla estratégia: minar a possibilidade de influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a favor dos candidatos do PT Alexandre Padilha e a presidente Dilma Rousseff no Estado e azeitar uma provável aliança num eventual segundo turno entre os presidenciáveis Eduardo Campos e Aécio Neves.

“Torço para isso. O ideal é que os dois (Campos e Aécio) fossem para o segundo turno. Por enquanto essa chance é pequena, mas o Brasil ganharia com isso”, disse o presidente estadual do PSB, deputado Márcio França, possível candidato a vice do governador Geraldo Alckmin. O PSB oficializou a coligação com os tucanos e disputará como vice de Alckmin.

França afirmou que a coligação reforça o “histórico” entendimento com os tucanos, resgata o desejo dos fundados dos dois partidos – os ex-governadores Mário Covas e Miguel Arraes – e dá a Alckmin um palanque consistente para firmar em São Paulo uma oposição forte ao governo federal.

“As pesquisas mostram que 80% da população de São Paulo querem mudanças. Nós vamos dividir esse índice com o PSDB”, disse França.

Embora tenha marcado uma posição inicialmente contra, Eduardo Campos assimilou a aliança e garantiu nesta sexta-feira que o partido marchará unido. “Nem sempre concordamos com as posições, mas o partido fez um intenso debate interno e saímos unidos”, afirmou. “Questão dos estados é questão dos Estados”, disse, sinalizando que a aliança regional está assimilada. Ele lamentou que o deputado Miro Teixeira tenha desistido de disputar no Rio de Janeiro e anunciou que lá o partido “vai buscar outro caminho”.

Fonte: Último Segundo