O projeto de transposição de águas do Rio São Francisco, em curso, com duas tomadas de água – eixo norte no município de Cabrobó e eixo sul, Floresta, ambos em Pernambuco, para ter começo, aconteceu o envolvimento da sociedade civil organizada em audiências públicas, protestos, greves de fome (um bispo da igreja católica) e tantos outros movimentos.
Como resultado dessa luta, o governo federal assumiu o compromisso de promover a revitalização da bacia hidrográfica do rio, especialmente o saneamento das cidades.
A cidade de Salgueiro foi contemplada com cerca de 30 milhões, a princípio destinados ao saneamento de 100% de sua área urbana. No entanto, pouco tempo depois, a COMPESA, órgão estadual encarregado pelo abastecimento e esgotamento sanitário entendeu que considerável área seria excluída do projeto, prejudicando boa parte da população.
Entende-se, também, que não basta sanear parte das cidades, é preciso que se promova a revitalização e permanente processo de conservação do meio ambiente, acompanhando o crescimento populacional.
Temos, por exemplo, os povoados, as vilas, indústrias e demais fontes que promovem agressão à natureza que precisam ser cuidados. Em Salgueiro, as Comunidades de Pau Ferro e Umãs ficam localizadas às margens do riacho grande que vai desaguar no rio São Francisco, logo após a tomada de água do eixo norte.
Nessas localidades não existem fossas e os dejetos ficam a céu aberto, de forma que temos de concordar com um senhor – Antônio Nelson – que disse: “a nossa sorte aqui em Umãs são os porcos soltos que se encarregam de consumir as fezes…”.
Escrito por Alvinho Patriota
