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Agricultores participam de palestras no entornodo Lago de Sobradinho

Abertura_Semana_Itinerante_Pilao_Arcado_Foto_Marcelino_Ribeiro“Sou muito acreditado da agricultura”, confessa seu Osmar Ferreira Campos, o Gringo, na saída das palestras sobre Produção Animal e Cultivos Alimentares no auditório da Secretaria Municipal de Educação, em Pilão Arcado (BA). Carregando uma bolsa contendo embalagens de pequenas quantidades de sementes – de feijão, de sorgo, melancia forrageira -, duas estacas de gliricídia e publicações técnicas elaboradas por pesquisadores da Embrapa Semiárido e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), ele afirma a vantagem que é participar de “cursos” que oferecem alternativas para melhorar a produção na roça.

Foi participando de “uns cursos” na Paróquia, na Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), no Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) que se sentiu despertado para adotar outros manejos, além daqueles aprendidos com o seu avô no Caldeirão de Zé Ferreira, zona rural do município de Pilão Arcado (BA). Em especial, a preparação para passar longo período de seca na sua região.

Nas chuvas, conta ele, nunca deixou o hábito do cultivo de mandioca, feijão, melancia, abóbora. Os bodes, os porcos e as galinhas abastecem a família de comida e, mesmo, alguma renda. Contudo, sem estar “bem preparado”, a seca fazia passar por muitas dificuldades. Mas vieram os cursos, e “de uns tempos para cá, a gente vem se planejando”, cultivando palma e leucena para garantir o sustento do rebanho. “Acho que depois dos cursos a gente tem é crescido o criatório”, afirma o agricultor.

Atento – As palestras assistidas por seu Osmar foram programadas pela coordenação do Projeto Lago de Sobradinho, com o objetivo de comemorar o Ano Internacional da Agricultura Familiar nos cinco municípios localizados às margens do lago: Casa Nova, Pilão Arcado, Remando, Sobradinho e Sento Sé. Num itinerário movimentado, 25 pesquisadores e técnicos da Embrapa, Univasf, EBDA, da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), vão passar por cada uma dessas cidades cumprindo uma agenda de 15 palestras.

Cerca de 140 agricultores de Pilão Arcado foram os primeiros a assistir. No meio deles, seu Osmar avança na sua convicção: “Uma coisa que a gente precisa mais na área de ‘sequeira’ é trabalhar com técnica”. Para ele, é preciso aprender sobre alimentação para os rebanhos, ao mesmo tempo que ficar mais atento às doenças que acometem os animais e cuidar da limpeza dos chiqueiros. “A técnica que hoje está aí vai melhorar a vida de todo mundo”, afirma.