Autoridades do Afeganistão estimam que cerca de 60% dos eleitores aptos a votar compareceram às urnas no segundo turno da eleição presidencial realizado ontem e que aproximadamente 50 pessoas morreram em ações terroristas em todo o país. O presidente da Comissão Eleitoral Independente, Ahmad Yousuf Nouristani, disse que mais de sete milhões de afegãos foram às urnas para definir o substituto de Hamid Karzai, que está no poder desde 2011.
Cerca 12 milhões de cidadãos estavam aptos a votar. O ministro do Interior, Mohammad Umar Dudzai, afirmou que entre os mortos estão incluídos 20 civis, 15 soldados armados e 11 policiais, mas que o clima geral da eleição era pacífico. Os dois falaram em uma coletiva de imprensa depois do fechamento das urnas. Os resultados oficiais preliminares devem ser anunciados em 2 de julho. O resultado final será divulgado em 22 de julho. Os candidatos que se enfrentaram no segundo turno são o ex-ministro das Relações Exteriores Abdullah Abdullah e o ex-funcionário do Banco Mundial e ex-ministro de Finanças Ashraf Ghani Ahmadzai. Ambos prometeram assinar um pacto de segurança com os EUA, acordo que o atual presidente, Hamid Karzai, se negou a firmar.
Isso permitiria que cerca de 10 mil soldados das tropas americanas permaneçam no Afeganistão por mais dois anos para conduzir operações antiterrorismo e treinar o exército e a polícia. Mesmo com o clima de insegurança, os eleitores fizeram filas para votar. Muitos disseram estar ansiosos que se firme um acordo de segurança bilateral, depois de verem como os extremistas islâmicos se apoderaram de grandes regiões do Iraque quase três anos depois dos soldados dos EUA terem se retirado do país.
A Casa Branca elogiou as eleições, dizendo que a votação marca um importante passo para o “caminho democrático” do país. Em um comunicado divulgado na tarde de ontem, a Casa Branca destacou “a coragem e a determinação” do povo afegão em fazer ouvir a sua voz na escolha de um novo líder no país.
Fonte: Correio 24 Horas
