O advogado Igor Tomasauskas, que representa o ex-ativista italiano Cesare Battisti, se corrigiu e disse nesta quinta-feira (12) que ainda busca a libertação de seu cliente.
Por volta das 20h15, Tomasauskas informou à jornalistas que aguardavam na portaria da Polícia Federal (PF), em São Paulo, que tinha obtido no Tribunal Regional Federal a liberdade para seu cliente.
Entretanto, 15 minutos depois do anúncio, ele voltou atrás e afirmou que foi confundido pelo oficial de Justiça que trouxe o alvará de soltura de outro italiano. A confusão teria ocorrido porque o italiano que conseguiu a liberdade teria nome parecido com o de Battisti.
“É de outra pessoa (o alvará), mas o oficial de Justiça me disse que era do Cesare”, afirmou o advogado.
Battisti foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta tarde em Embu das Artes, na Grande São Paulo. O ex-ativista foi condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio. Em entrevista à Globo News em abril do ano passado, Battisti negou as acusações: “nunca matei ninguém.”
Deportação
A juíza federal de Brasília Adverci Rates Mendes de Abreu atendeu, no início de março, o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e considerou nulo o ato do governo federal que concedeu permanência no Brasil a Battisti.
A magistrada determinou que a União inicie o procedimento de deportação para a França ou para o México, países pelos quais ele passou após fugir da Itália e antes de chegar ao Brasil. Na avaliação dela, Battisti está no Brasil em condição irregular.
A Polícia Federal informou que ele permanecerá na Superintendência Regional da PF em São Paulo, na Zona Oeste da cidade, até a deportação ser efetivada.
Segundo o advogado do ex-ativista, Battisti estava em casa com a mulher e a filha no momento da prisão.
Na sede da PF, o advogado disse que “a decisão é absurda.” “Ele está sereno e revoltado”, afirmou Tomasauskas. “Eu não fui sequer intimado da decisão. Não existe essa hipótese no direito processual brasileiro. Acreditamos que isso é um absurdo, é um absurdo, é uma violência tremenda contra Cesari Battisti”, disse o advogado.
Fonte: G1
