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BB vai negar crédito para soja de áreas desmatadas

O combate à devastação florestal na Amazônia ganhou ontem a adesão formal do Banco do Brasil. O maior agente financeiro do setor rural resolveu que passará a negar crédito rural a produtores de soja em áreas desmatadas na Amazônia depois de 24 de julho de 2006. O BB informou que passará a exigir certidões de regularidade ambiental das propriedades rurais localizadas no bioma Amazônia no ato da concessão dos financiamentos. Essa é uma regra já aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Além disso, o banco decidiu divulgar e oferecer linhas de crédito voltadas à recuperação de áreas de reserva legal e de Áreas de Preservação Permanente (APP).

O BB detém hoje quase 62% do total da carteira de crédito de agronegócios do país – ou R$ 74 bilhões, segundo o Sistema Nacional de Crédito Rural. A chamada “moratória da soja” foi lançada em julho de 2006 pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Participam do esforço as ONGs Conservação Internacional, Greenpeace, Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam), The Nature Conservancy (TNC) e WWF, além do Ministério do Meio Ambiente.

No primeiro monitoramento divulgado pelo GTS, executado na safra 2007/08, a área total monitorada chegou 49,8 mil hectares. Após sobrevoo e identificação do uso da terra, concluiu-se que não houve plantio de soja nessas regiões.

No segundo monitoramento, da safra 2008/09, a superfície monitorada passou a 157,9 mil hectares – a pesquisa descobriu cultivo de soja em 1.384 hectares. No terceiro ano (2009/10), a superfície monitorada aumentou para 302 mil hectares e foram identificados 6,3 mil hectares com soja.

Fonte: Partido Verde, radiovidafm