Seca vai deixar alimentos ainda mais caros

Energia elétrica, combustível, alimentos… o aumento generalizado de preços na economia já apertou muito o orçamento dos brasileiros, que não estão vendo os seus salários acompanharem o ritmo acelerado da inflação.

Com menos renda disponível e desemprego elevado, as famílias já fizeram substituições e diminuíram a qualidade do prato. E a tendência é de que não haja muita trégua nos próximos meses, diante da maior seca no país em 91 anos.

A falta de chuvas que atinge o campo do Centro-Sul desde 2020 já provocou queda na produção de diversas culturas como café, laranja, cana-de-açúcar, milho, carne bovina, feijão, entre outros.

Não bastasse a redução de oferta, o baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas fez com que o governo acionasse as termelétricas, que produzem energia mais cara, elevando, assim, os gastos de produção das fazendas, indústrias e comércios, causando um efeito em cascata em toda a economia.

“Os custos com energia elétrica vão ficar pressionados por um bom tempo, afetando, principalmente a agroindústria, que consome mais energia do que os produtores. Naturalmente, isso vai aparecer no preço final dos produtos”, diz Felippe Serigati, professor da Escola de Economia de São Paulo, da FGV.

A volta das chuvas neste mês deve favorecer culturas que são plantadas agora, como a soja. Mas o nível de precipitação ainda é baixo para encher reservatórios, gerando incertezas para as lavouras que dependem de irrigação, como hortaliças, arroz e feijão.

Fonte: G1

Bolsonaro: ‘posição contra marco temporal é o fim do agronegócio”

Ao participar de evento ontem no Rio Grande do Sul, Jair Bolsonaro defendeu o marco temporal para demarcação e posse de terras indígenas, tema que está em julgamento no STF. Significa dizer que indígenas só teriam direito à ocupação de áreas ocorrida antes da Constituição de 1988.

O relator, Edson Fachin, votou nessa quinta-feira (9) contra uma data específica para a garantia do direito dos indígenas, ao avaliar recurso extraordinário sobre a demarcação de  terras ocupadas por indígenas em 2009, em reserva ambiental em Santa Catarina. “Se a proposta do ministro Fachin vingar, será proposta a demarcação de novas áreas indígenas que equivalem a uma região Sudeste toda. Ou seja, é o fim do agronegócio”, disse Bolsonaro, na Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), dentro do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), região metropolitana de Porto Alegre.

Para Fachin, o direito dos indígenas está muito além de limites temporais e previsto na Constituição desde 1934. A posse da terra indígena, segundo o ministro, é definida por tradicionalidade, e não por marco temporal. O julgamento continuará na próxima quarta-feira (15), com o voto do ministro Nunes Marques.

O tema é uma das pautas do agronegócio que defende uma regulamentação pelo Congresso Nacional e não pelo STF. Indígenas estão acampados em Brasília há semanas reivindicando o direito às terras independentemente de quando ocorreu a ocupação.

Fonte: O Antagonista

Roberto Jefferson é condenado a pagar R$ 300 mil por ofensas homofóbicas contra Eduardo Leite

O presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, foi condenado a pagar R$ 300 mil por conta de ofensas homofóbicas contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). A decisão da 16ª Vara Cível do Foro Central de Porto Alegre foi emitida na sexta-feira (10). O réu pode recorrer da sentença.

Roberto Jefferson está preso preventivamente por suspeita de participação em uma milícia digital voltada a ataques à democracia. Desde o dia 5 de setembro, o ex-deputado federal está internado em um hospital do Rio de Janeiro.

O juiz Ramiro Oliveira Cardoso acatou a denúncia feita pelo Ministério Público (MP) do RS. A quantia deve ser destinada ao Fundo de Reconstituição dos Bens Lesados, mantido pelo MP.

A ação civil pública considerou duas manifestações feitas pelo ex-deputado em março deste ano. Numa delas, nas redes sociais, Jefferson “incitou, de forma chula, o preconceito contra homossexuais, a partir da criação de factoide”, considerou o magistrado.

A outra fala foi em uma entrevista a uma emissora de rádio de Porto Alegre. Na avaliação do juiz, o presidente do PTB “induziu e incitou discriminação e preconceito de orientação sexual ao associar à suposta condição de homossexual do governador do estado qualidades negativas”.

O magistrado ainda comparou as ofensas ao crime de racismo.

“Enquadradas como homofóbicas as falas do demandado, equiparável ao crime de racismo, cumpre indenizar a coletividade atingida”, sustentou o juiz.

Fonte: G1

MS, RJ, RN, RS e SP estão sem AstraZeneca para 2ª dose

Cinco estados registram falta da vacina AstraZeneca para segunda dose da imunização contra covid-19. Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul informaram ao UOL que há indisponibilidade do imunizante e aguardam envio de mais doses por parte do Ministério da Saúde.

Na capital paulista, por exemplo, o UOL noticiou sexta que 98% dos postos de vacinação não tinham a AstraZeneca disponível. Ao UOL News, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, informou que a cidade precisa de 340 mil doses para aplicar nas pessoas que estão nas faixas etárias previstas para esta e a próxima semana.

Em nota, a secretaria estadual de Saúde do Rio Grande do Sul informou que recebeu 39% das doses da AstraZeneca referente a uma remessa necessária para até o dia 23 deste mês. “Logo poderá haver alguns municípios com indisponibilidade de estoque para completar o esquema vacinal da sua população neste momento”, informou a pasta.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde justificou que “não deve quantitativo de segunda dose das vacinas covid-19 a nenhum estado brasileiro”.

“As alterações feitas por estados e municípios no PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19), como descumprir o que foi pactuado em reunião tripartite (União, estados e municípios), acarretam na falta de doses para completar o esquema vacinal na população brasileira”, diz o texto.

Fonte: UOL