De volta à estrada após um merecido descanso pós-carnaval, o Maestro Forró e a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério seguem para o Sertão do Estado, onde participam da festa Trindade Folia, neste domingo (10.03). O grupo levará um show cheio de performances inusitadas e muita mistura de ritmos. Entre as atrações do evento, estão também o cantor Geraldinho Lins e a banda Babado Novo.
Pesquisa, manutenção, releitura e interação são as palavras chaves para o regente, que se esforça para tornar o frevo o mais democrático possível. “Sempre trabalho o frevo de uma maneira que ele seja aberto a outros países, povos, faixas etárias, etc.”, explica Forró, que pretende tem homenageado de forma ainda mais intensa o frevo depois que o ritmo recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em novembro do ano passado.
Além das homenagens, os shows do grupo incluem também os hits próprios, entre eles estão “Suíte América”, “Luanda D’agora” e “Fantasia Elefante”. Algumas canções presentes no setlist acabaram de sair do forno com o novo CD lançado pelo grupo em novembro do ano passado, o #CabeçaNoMundo. É o caso do maracatu funkeado “Rainha se Coroou”, que vem ganhando destaque nas rádios pernambucanas. A lista inclui também releituras de outras músicas, destaque para “Tô Doidão”, que ganhou fama na voz de Reginaldo Rossi.
TÍTULOS – O orgulho pelo trabalho desenvolvido pela orquestra com o frevo está ainda mais forte despois que o ritmo recebeu o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Surfando na onda de reconhecimento, até a OPBH foi agraciada no ano que passou. No dia 5 de novembro de 2012, o grupo recebeu das mãos da presidente Dilma Rousseff a Ordem do Mérito Cultural, uma das maiores honrarias culturais do Brasil.
HISTÓRIA – A Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (OPBH) foi idealizada e formada pelo compositor, arranjador e músico Francisco Amâncio da Silva, o Maestro Forró, que comanda uma equipe de 26 integrantes reunidos pelo desejo de fazer música da própria comunidade, na Zona Norte do Recife. Desde 2002, quando foi formada, a Orquestra vem fazendo sucesso por mostrar arranjos fora dos padrões para
as orquestras tradicionais, unindo características eruditas e populares, executando os mais variados ritmos, como o coco, valsa, rock, e manguebeat, por exemplo.