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Verdade Individualista

Artigo de opinião

Eu tenho discutido em sala de aula, acerca do indivíduo hupérmores, que lhe significo como aquele que age como detentor de regras próprias, acreditando que possui moral superior a qualquer outra de poder sobre toda a verdade que se apresente em sua definição. Ele, sujeito da sociedade, se considera fora de qualquer juízo de um outro indivíduo e, possuidor de direitos exclusivos a definir, como bem entender, sobre as coisas que se apresentam. Possui e defende a Verdade Individualista, pois para ele é mais fácil acreditar que o valor está no que a si interessa ao gosto e nunca no que ao outro serve por direito. Sendo assim, ele pensa que o melhor das coisas está na escolha que ele faz; pensa também, que a idéia verdadeira é aquela que ele faz; e finalmente, pensa que em nenhum outro reside poder superior ao seu, com capacidade de discriminar aos saberes, o conhecimento sobre as coisas.

Para este indivíduo, a sua discriminação sobre o que entende como verdade da coisa que percebe é mais valioso do que o certo que se deva adotar em sua pratica pelo que se obtém de verdadeiro da verdade que se revela. Este indivíduo constrói sua verdade não pelo poder verdadeiro do que se mostra da coisa em si, mas pelo gosto do que lhe interessa de uma verdade que lhe agrade. Para o hupérmores não interessa regras contrarias as suas regras; tais regras contrárias devem ser substituídas como resposta à nova ordem moral que ele constrói a partir do seu agrado. Ele acredita estar acima de qualquer outro que se mostre capaz de construir alguma idéia ao conhecimento.

O método que facilita a sua definição sobre verdade não esta na ciência exata, ou na subjetividade do conhecimento de alguma crença, mas no seu interesse próprio ao que lhe agrade e facilite a vida. Como disse a princípio, para ele, o melhor das coisas está na escolha que pode fazer, sendo isto, mais valioso do que o certo que ele deva adotar da coisa que se percebe e definição em sua verdade. Entendemos que o indivíduo dos fins do segundo milênio para o inicio do terceiro milênio, não aceita que as idéias devam ser de embate uma a outra e inaceitam a possibilidade da existência de uma outra idéia diferente da sua, dizendo com isso, ser inadmissível algum provável a seu respeito como idéia e como um algo verdadeiro.

A Verdade Individualista não é uma opinião de uso do outro em contraposto ao outro em sua verdade, ou um algo adaptável a cultura em seu tempo e espaço; tão pouco é uma verdade absoluta, invariável, imponente. Mas, dizemos que a Verdade Individualista é uma verdade imediavel, insubstituível, verdade aceitável apenas ao gosto de quem a possui. A Verdade Individualista, não é o único caminho a construção das idéias, ou, mais um caminho a tal construção. Ela é a idéia de agrado ao indivíduo hupérmores; idéia de verdade que salvaguarda aos seus interesses e o gosto do prazer deste indivíduo. A Verdade Individualista é um objeto da arte do fazer de conta, pois ainda que não seja o que de fato represente o que se expõe da coisa e dos fatos, torna-se aceitável por simplesmente agradar ao indivíduo hupérmores.

A Filosofia diz: Queremos verdade! O indivíduo hupérmores diz: Quero a minha verdade! Essa verdade é modela, forjada para o seu agrado e gosto, tornando-se a Verdade Individualista, ditada por um desejo à satisfação do que lhe interessa descobrir sem levar em conta o que de fato importa conhecer em seu todo como verdadeiro. Então, concluo dizendo que o indivíduo hupérmores não duvida da verdade como verdade, mas reprova qualquer verdade possível que se apresente ou, que não seja verdade do seu agrado e para uso aos seus interesses.

Por Ricardo Davis Duarte – Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil – Professor de Filosofia do ISES – Salgueiro/PE.

Um comentário sobre “Verdade Individualista

  1. kssia regina

    Parabéns pelas suas belas palavras Ricardo vc como sempre sábio em suas indagaçoes atitudes … Orgulho de ser sua aluna