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Venezuela assume a presidência do Movimento dos Países Não Alinhados

Em meio à profunda crise econômica e política, a Venezuela assumiu neste sábado (17) a presidência do Movimento de Países Não-Alinhados (NAM, na sigla em inglês) durante a 17ª cúpula do grupo, que acontece em Isla Margarita, uma ilha venezuelana.

O bloco surgiu nos anos 1950, ainda durante a Guerra Fria, e reunia países que não se consideravam alinhados com nenhuma potência mundial.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que enfrenta uma crescente pressão internacional e descontentamento popular, recebeu do mandatário iraniano, Hasan Rohani, a presidência do bloco por três anos, que tenta se reinventar no pós-Guerra Fria.

À cúpula compareceram delegados dos 120 países do grupo, entre eles os presidentes de Irã, Zimbábue, Cuba, Equador, Bolívia, El Salvador e da Autoridade Palestina, junto com alguns primeiros-ministros.

Em seu discurso, Maduro disse que a Venezuela enfrenta “uma ofensiva imperialista” com métodos “não convencionais (…) em forma de guerra econômica”.

O presidente socialista disse que essa “guerra” é parte de “uma ofensiva imperialista para tentar reverter os avanços e conquistas da revolução bolivariana” fundada pelo falecido líder Hugo Chávez (1999-2013) e que se estendeu por toda a América Latina, impondo-se sobre as “oligarquias” tradicionais.

Maduro acusa a oposição venezuelana de planejar um golpe de Estado. Os opositores, contudo, afirmam que Maduro se agarra ao poder com os militares e com o controle dos órgãos de justiça e eleitoral.

A coalizão Mesa de la Unidad Democrática (MUD) está em uma ofensiva para conseguir um referendo revocatório neste ano, que segundo a consultora privada Datanálisis é apoiado por oito em cada dez venezuelanos.

Fonte: G1