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Uma visão sobre a cidade de Salgueiro

Um município como Salgueiro – localizado numa posição geográfica invejável, razão pela qual o batizei na década de 1970 de “Encruzilhada do Nordeste”, não pode ficar na “defensiva”, esperando que outros municípios tomem iniciativa e partam na frente com ações que devem ser tomadas com razoável agilidade.

O problema dos mototaxistas é antigo, como é antiga a falta de um centro de convenções, a implantação de uma universidade, o ordenamento viário, o problema do esgotamento sanitário (que anda a passos de cágado), a humanização dos açudes públicos urbanos (que estão um horror!), e tantos outros projetos e programas de interesse da população – que dizem respeito ao poder público municipal, e que devem ser implementado com urgência, sob pena de convivermos eternamente com o atraso e na base do “quando Deus mandar bom tempo”.

Só agora o município passa a contar com um curso de Direito. As administrações que se estenderam ao longo dos últimos 15 anos tiveram que esperar que Serra Talhada, Araripina e Belém do São Francisco instalassem seu curso de Direito.

Ao longo desse tempo, quem mora em Salgueiro e precisou estudar Direito teve que optar por um desses três municípios, distantes entre 100 e 180 quilômetros, tendo que arcar com despesas com transporte e alimentação, além da mensalidade que no caso de Belém, por exemplo, deve ser acima de R$500,00.

Citamos apenas esses exemplos (inquestionáveis) para deixar bem claro que os nossos administradores, ao longo desse tempo, não observaram também que sendo Salgueiro uma cidade pólo, o ganho seria dobrado (se tivesse acordado pra Jesus), considerando a afluência de universitários de mais de uma dezena de municípios, num raio de 80 e 100 quilômetros.

Ao contrário, perdemos muito já que as populações local e regional continuam a esperar pela implantação de outros cursos de terceiros grau, além do Direito. Em conseqüência, o município pólo não cresceu na velocidade que tanto necessitava, desprezando as condições naturais que lhes são oferecidas. De quem é a culpa?

É óbvio que existe uma verdadeira corrida “atrás do prejuízo”, com uma mudança de mentalidade – que faz parte de uma exigência premente por parte da população pensante – que, antes de qualquer coisa, vislumbra (de perto) há muito tempo, a filosofia da política acanhada e tímida do “pé no breque” e do “é hoje, é amanhã (ou nunca), embora a propaganda “institucional” (que é cara e farta) aponte para um horizonte virtual (inexistente). Uma “miragem deslumbrante”.

Salgueiro, como diz seu hino, é “altaneiro”. Mas precisa ser mais exigente!

Por Machado Freire

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