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Fundador do Wikileaks se disfarçou de mulher para fugir da CIA

aleqm5gb8b__a4zqs2dwphebjz2x3-h0pgO fundador do WikiLeaks, Julian Assange, se disfarçou de mulher para escapar dos agentes da CIA que o seguiam, informa uma nova biografia que teve trechos publicados pelo jornal britânico The Guardian.

O livro, escrito por dois repórteres do jornal londrino, David Leigh e Luke Harding, tem como título “WikiLeaks: Inside Julian Assange’s War on Secrecy” (“Dentro da Guerra de Julian Assange sobre o Sigilo”) e afirma que o “hacker” só conheceu o pai biológico depois dos 20 anos.

O fundador do WikiLeaks é objeto atualmente de uma investigação criminal sobre o vazamento de 250.000 documentos e telegramas diplomáticos.

Assange, nascido na Austrália, estava na Inglaterra quando ficou sabendo que agentes da CIA o seguiam, apesar da ausência de provas, indica o livro.

“Podem imaginar o ridículo que era se disfarçar de mulher. Ele se disfarçou de idosa por mais de duas horas”, declarou aos jornalistas James Ball, colaborador do Wikileaks. Alguns trechos da biografia falam sobre a infância de Assange.

“O pai biológico de Julian, John Shipton, estava ausente a maior parte do tempo. Aos 17 anos, a mãe de Assagne se apaixonou por Shipton, um jovem que conheceu em uma manifestación contra a guerra do Vietnã em 1970”.

“O relacionamento acabou e (o pai biológico) não teve nenhum papel em sua vida durante vários anos. Não tiveram contato até que Julian completou 25 anos”, informa o livro.

Quando os dois se encontraram, Julian descobriu que herdou o temperamento do pai. Um amigo diz que Shipton era “como um espelho que refletia a imagem de Julian”.

O primeiro problema de Julian Assange com a justiça aconteceu em 1994 por pirataria virtual, segundo a biografia.

Detido em 7 de dezembro de 2010 em Londres por uma ordem de prisão emitida pela Suécia, Assange foi colocado em liberdade após pagamento de fiança nove dias depois.

A justiça sueca o processa por violência sexual contra duas mulheres e ele está na Grã-Bretanha em liberdade condicional. A justiça britânica deve decidir em fevereiro sobre a extradição pedida por Estocolmo.

Fonte: AFP

Equador oferece residência a Assange, fundador do WikiLeaks

wikileaksUm funcionário do governo equatoriano convidou o fundador do site de denúncias WikiLeaks para viver e realizar palestras no país, dias depois que o site causou furor internacional ao divulgar documentos confidenciais norte-americanos.

Kintto Lucas, vice-ministro do Exterior equatoriano, disse à imprensa local que o Equador está tentando contatar Julian Assange, o responsável pelo WikiLeaks, a fim de convidá-lo a se radicar no país, elogiando o trabalho investigativo que ele realiza.

O Equador é parte de um bloco de governos esquerdistas da América do Sul, que inclui também Venezuela e Bolívia e mantém posição fortemente crítica à política dos Estados Unidos para a região.

O WikiLeaks obteve mais de 250 mil documentos do Departamento de Estado norte-americano e os transmitiu a organizações de mídia, que começaram a publicar no domingo reportagens que expõem o funcionamento interno da diplomacia norte-americana, incluindo avaliações francas e embaraçosas sobre líderes mundiais. O WikiLeaks havia anteriormente publicado documentos sigilosos norte-americanos sobre as guerras do Afeganistão e Iraque.

“Estamos convidando Assange para fazer palestras e, se desejar, lhe ofereceremos cidadania equatoriana”, disse Lucas em entrevista publicada na terça-feira pelo jornal local Hoy.

Assange é cidadão australiano e seu paradeiro atual é desconhecido; acredita-se que se desloque de país a país. Ele vinha buscando residência na Suécia, mas agora está sendo procurado pelas autoridades daquele país devido a acusações de delitos sexuais que o antigo hacker diz serem parte de uma conspiração contra ele.

Perguntado se a oferta de residência era um convite formal do governo, Lucas disse que “certamente”.

O governo dos EUA declarou na segunda-feira que lamenta profundamente a divulgação de quaisquer informações sigilosas e que reforçaria a segurança a fim de prevenir vazamentos como a revelação pelo WikiLeaks de vasto volume de documentos do Departamento de Estado. O Departamento da Justiça norte-americano anunciou estar conduzindo uma investigação criminal sobre os vazamentos.

Fonte: O Globo