poupança

Justiça obriga Caixa a permitir que morador de rua abra poupança

poupancaA Justiça Federal determinou, em caráter liminar, que a Caixa Econômica Federal permita que moradores de rua abram contas poupanças no banco, mesmo sem a apresentação de um comprovante de residência.

A decisão atende a uma ação da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo. A decisão do juiz federal Danilo Almasi Vieira Santos é válida em todo o território nacional.

Segundo o juiz, “ao privar a possibilidade de as pessoas que vivem em logradouros públicos conseguirem obter rendimentos próprios de conta poupança, a CEF contribui para que os seus parcos recursos financeiros sejam estagnados ou mesmo corroídos, por conta da inflação, nas contas correntes”, o que, ainda conforme Santos, provoca “a manutenção dessas pessoas na pobreza e na marginalização, não permitindo a retomada da vida com o mínimo de dignidade”.

A Caixa, que havia recusado o pedido de um morador de rua para movimentar uma conta poupança simplificada, alegou que apenas seguia orientação do Banco Central.

Efetivamente, o BC exige a comprovação de residência para a abertura de contas bancárias, como forma de evitar o uso desse expediente para prática de lavagem de dinheiro.

Mas a autoridade monetária também informou que, no caso de contas poupanças, essa exigência não é necessária, bastando um Número de Identificação Social e que a movimentação financeira seja de “valores baixos” (Resolução 3.211/2004).

“Não me parece crível que a finalidade de evitar a prática de crimes de ‘lavagem’ de dinheiro seja motivo suficiente para impedir que pessoas sem comprovação de residência e com baixos recursos financeiros possam manter conta de poupança”, disse o juiz Santos, na sentença.

Procurada pela reportagem o banco afirmou: “com relação à Ação Civil Pública, a Caixa foi citada e, se necessário, providenciará sua defesa nos autos”.

Fonte: Folha.com

Captação da poupança em 2010 foi a maior desde 1995

dinheiro_real_tratada_02A caderneta de poupança fechou o ano de 2010 com uma captação líquida de R$ 38,681 bilhões, com crescimento de 27,2% ante 2009. O volume do ano passado foi o maior da poupança desde 1995, primeiro ano de vigência do Plano Real, quando teve início a série do BC.

Em dezembro, a captação líquida foi de R$ 6,359 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. No último mês de 2010 os depósitos somaram R$ 121,276 bilhões, com aumento de 19,67% em relação a novembro, enquanto os saques ficaram em R$ 114,917 bilhões, com aumento de 18,08% na comparação com o mês anterior.

Fonte: Estadão

O ano da poupança

economia1_1O aumento do emprego e da renda está provocando uma revolução entre os brasileiros. Se até bem pouco tempo a grande maioria não conseguia guardar um centavo que fosse para garantir um futuro melhor, agora, é cada vez maior a preocupação em poupar, seja para bancar a tão sonhada viagem ao exterior, seja para pagar a faculdade dos filhos ou mesmo para a aposentadoria. “Está havendo uma revolução na cultura de poupança da população, apesar do endividamento maior oriundo do crédito farto. E isso está sendo possível porque a renda está aumentando e o Brasil consolidou a estabilidade econômica. Ou seja, ficou mais previsível”, disse o presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira, Edmilson Lyra.

Essa visão, segundo ele, está sustentada nos resultados dos investimentos em 2009. Pelas contas do Banco Central, a tradicional caderneta de poupança registrou captação líquida (depósitos menos saques) de R$ 30,4 bilhões, com o saldo em conta atingindo R$ 319 bilhões. Foi o segundo melhor resultado anual desde 1995, quando começou a série histórica do BC – ficou atrás apenas de 2007, com saldo positivo de R$ 33,4 bilhões. Nos fundos de investimentos, as aplicações superaram as retiradas em R$ 87,6 bilhões, elevando para R$ 1,366 trilhão o patrimônio dessa indústria no país. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), 552.364 pessoas físicas – um recorde – responderam por mais de 30% dos negócios diários.

“Felizmente, as pessoas estão podendo consumir mais e ainda poupar. E não vejo mudança nesse quadro nos próximos anos. Pelo contrário. Com a perspectiva de crescimento cada vez mais forte da economia nos próximos anos, veremos a poupança total dos brasileiros, tanto em renda fixa quanto em ações, crescer de forma acentuada”, afirmou o professor Ricardo Rocha, do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa. “Isso é muito bom, pois, com a poupança interna em alta, o Brasil ficará menos dependente do capital estrangeiro para crescer. As empresas poderão se financiar no país para ampliar osparques produtivos”, acrescentou Carlos Antonio Magalhães, diretor da Sabe Consultoria.

Fonte: Diário de Pernambuco