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Dilma reúne líderes da base e PDT fica fora do encontro

7tvbolq2daiupevu4hd7p29m5Uma semana após a aprovação do salário mínimo no Congresso, a presidenta Dilma Rousseff reuniu-se nesta quarta-feira com líderes da base aliada. O PDT, que abrigou parte das dissidências à proposta do governo de elevar o mínimo para R$ 545, ficou fora do encontro. A ausência do líder da sigla, Giovanni Queiroz (PA), alimentou a versão de que Dilma quis retaliar o partido pela posição adotada durante a votação do mínimo. Queiroz foi um dos pedetistas que defenderam um aumento maior, para pelo menos R$ 560.

Na saída da reunião, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que coube ao governo a decisão de não convidar o PDT. “Nós estamos num regime presidencialista. Essa decisão é do governo. Num regime presidencialista a decisão é sempre do presidente”, resumiu. Ao ser informado que fontes do Planalto atribuíam a ele a decisão de não convidar o partido, o deputado afirmou: “Eu assumo a responsabilidade pelos convites. Eu só faço o que a presidenta manda”.

Ainda assim, o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, negou que houvesse uma retaliação ao PDT. “Foi uma reunião em que a presidente Dilma convidou 100% dos aliados a ela”, justificou. “Não foi uma retaliação. Não trabalhamos com retaliação”, ressaltou o ministro, acrescentando que, como prova disso, a presidente pretende reativar o Conselho Político, formado por líderes e presidentes de partidos, e que o PDT estará representado. “Quero reafirmar: o governo convidou os líderes. Foi um primeiro contato”, disse o ministro.

O líder do PR, Lincoln Portela (MG), negou que a ausência do PDT tenha sido discutida durante a reunião. “A conversa foi tão natural que nem lembramos. Isso quem está me lembrando agora são vocês”, afirmou, dirigindo-se aos jornalistas. Segundo ele, o PDT não está fora da base. “Ele é um partido da base, mas quem responde pelo PDT não sou eu.”

Os líderes negaram também que tenha sido incluída na pauta da reunião a discussão sobre a correção da tabela do Imposto de Renda ou o impacto dos cortes no Orçamento na liberação de emendas parlamentares. “A conversa sobre emendas parlamentares não surgiu. Não se falou em nenhum corte, nenhuma troca ou barganha”, afirmou Portela.

Fonte: Último Segundo

Cristovam Buarque gostaria que o PDT apoiasse Marina

cristovam_buarque_15Em sua página do Twitter, o senador Cristovam Buarque anunciou nesta quinta-feira, que não será candidato à Presidência. Segundo ele, o PDT apoiará a candidatura da ministra Dilma Rousseff.

No PDT, o senador é um dos principais opositores ao apoio à Dilma. Ele disse que a decisão prejudica o partido, e que, com isso, a chance de dar uma vitrine às bandeiras do PDT será perdida. Atualmente o partido conta com 23 deputados federais, cinco senadores e nenhum governador.

“Eu defendia e defendo a candidatura própria. Não precisava ser o meu nome, mas de um político de expressão do partido. Era importante aproveitarmos as eleições para reforçarmos a nossa bandeira. Agora, vamos ceder dois minutos a que teríamos direito no horário eleitoral gratuito para a campanha do PT. Ficaremos um partido sem bandeira”, afirmou.

Cristovam gostaria que o partido apoiasse a candidatura da também senadora Marina Silva, que, segundo ele, é uma alternativa diferente.

“A diferença entre Dilma e Serra [governador José Serra e pré-candidato do PSDB] é muito pequena. A Marina é quem até agora apresenta uma diferença com as propostas para o Meio Ambiente e com quem o PDT poderia aliar bandeiras como a Educação”, disse.

Fonte: Sidney Rezende