É polêmico o assunto de regulamentação dos mototaxistas em Salgueiro. Há alguns anos o assunto vem sendo debatido por pessoas comprometidas com o melhor para o município. Alguns alegam que diminuir o número de mototaxistas na cidade culminaria em um grande número de desempregados. Mas que “Rota do desenvolvimento” é esta, onde a maioria dos jovens precisa trabalhar de mototaxista para sobreviver. A municipalização do trânsito que começou a ser implantada em Salgueiro em 2010 deve envolver todos os setores do segmento, e isso inclui os profissionais que atuam sobre duas rodas.
Fazem propaganda que o município cresce a cada dia, mas dizem que não podem mexer com os mototaxistas para que não aconteça uma explosão de desempregados pelas ruas. Ora essa, onde está o desenvolvimento que tanto pregam? Cadê os empregos para estas pessoas que trabalham irregularmente, sem previdência social e sem carteira assinada? E quando as obras da Transposição e Transnordestina forem concluídas, o que vão fazer com os dezenas de desempregados? Reduzir o número de mototaxistas na cidade, impor uma tabela de preço geral e organizar a categoria, trará benefícios tanto para a população, quanto para os mototaxistas.
O assunto deve ser discutido pelos vereadores de Salgueiro, com participação do Poder Executivo, da sociedade e dos próprios mototaxistas. Este é o pensamento de Alvinho Patriota, único vereador do PV em Salgueiro. “Acho que está havendo engano de ambas às partes. Nem Sindicato nem Prefeitura, a esta altura pode dizer como vai ficar a situação dos mototaxistas. Se a Prefeitura deixou tudo correr livremente até agora e o Sindicato, por sua vez, entendendo que tem a palavra final sobre todos àqueles que exploram essa atividade, desconhecendo, talvez, os direitos individuais e a livre opção constitucional de se sindicalizar ou não, precisam entender que o assunto é sério envolvendo centenas de pessoas (aqui falo de quem tem todas as condições de efetuar o serviço, incluindo, logicamente, habilitação para pilotar motocicletas) e, para sua regulamentação, precisa de autorização legislativa, oportunidade que haverá, sem dúvida, ampla discussão, como audiências públicas e outros atos para que de fato não haja prejuízos àqueles que trabalham dignamente servindo a população”, afirmou o parlamentar em comentário postado neste blog.
Por Chico Gomes