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Mizael fala em ameaça do MP e diz que investigará assassino

mizaelO ex-policial e advogado Mizael Bispo de Souza, suspeito do assassinato de a também advogada Mércia Nakashima, sua ex-namorada, afirmou nesta quinta-feira, em audiência em Guarulhos (SP), que vai começar investigações paralelas para descobrir quem matou Mércia. Mizael disse também que, logo após o desaparecimento da advogada, em 23 de maio deste ano, recebeu ameaças por telefone do Ministério Público (MP). O depoimento durou duas horas.

“Quem matou Mércia deveria pagar com a mesma moeda. Na segunda-feira, vão começar as minhas investigações e vou desmascarar muita gente”, disse. A declaração gerou um mal-estar entre o advogado de Mizael, Samir Haddad Júnior, e os promotores, que questionaram se a fala era uma ameaça. O defensor negou, mas disse que ele e seu cliente vão descobrir o “verdadeiro culpado”.

Sobre os diversos celulares que tinha, Mizael afirmou que era para “aproveitar promoções e economizar créditos”. O aparelho utilizado por ele no dia do crime, segundo a investigação, estava no nome de outra pessoa. Sobre isso, ele afirmou que foi Mércia quem pediu para que ele comprasse o aparelho. Na loja, conforme Mizael, o vendedor avisou que o chip já estava cadastrado em nome de outra pessoa, mas o ex-policial disse que resolveu comprar assim mesmo.

Questionado sobre o motivo para deixar de usar o aparelho após o desaparecimento da ex-namorada, Mizael respondeu que estava recebendo trotes. “Me livrei porque comecei a receber trotes e ameaças, inclusive do MP”. O promotor Rodrigo Merli Antunes disse que ligou para Mizael, mas negou ter feito ameaças. “Ameaças? Pelo amor, senhor Mizael (…) Daqui a pouco eu que vou preso e você fica solto”, afirmou.

Mizael disse ainda ser vítima de uma “armadilha” para colocá-lo na “fogueira”. Perguntado pelo juiz, ele disse desconhecer quem poderia ter assassinado sua ex-namorada e o colocado como principal suspeito. “Gostaria e vou ver a pessoa que matou Mércia atrás das grades”, afirmou.

Fonte: Terra

Após habeas corpus, Mizael volta para casa

mizaelmerciaApós ter o pedido de prisão preventiva suspenso anteontem, o policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza voltou nesta sexta-feira para sua casa em Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele chegou ao imóvel acompanhado do irmão e disse que deve iria ao escritório ainda ontem.

A Justiça havia decretado a prisão de Mizael na terça-feira. Desde então, ele era considerado um foragido e já havia dito que não iria se entregar. Mas reforçou que durante esse período não saiu de Guarulhos. Agora o TJ (Tribunal de Justiça) irá analisar a liminar concedida pela desembargadora Angélica de Almeida.

O advogado de defesa, Samir Haddad Junior, disse estar confiante que a decisão de não prender Mizael será mantida. Ele também afirmou que aconselhou seu cliente a não dar entrevistas para não correr o risco de se prejudicar e “aumentar a dor da família de Mércia”.

Fonte: Diário do Grande ABC

Vigilante preso em SE nega participação na morte de Mércia

getO vigilante Evandro Bezerra da Silva, 38 anos, acusado de assassinar a advogada Mércia Nakashima, em São Paulo, foi preso na madrugada desta sexta-feira no município de Canindé de São Francisco, a 200 km de Aracaju (SE). Ele estava escondido na casa de um cunhado, onde acabou detido por policiais civis e agentes militares do Pelotão da Caatinga. Em depoimento à polícia, Evandro negou as acusações.

“Nós vínhamos monitorando o Evandro há uns dez dias e pedindo o apoio dos policiais de Sergipe. Descobrimos onde ele estava à tarde, aguardamos o horário certo e às 2h45 desta madrugada ele foi preso em um sítio bem escondido”, afirma o delegado Antônio Olim, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo e responsável pelo caso.

Segundo uma testemunha-chave, Evandro Bezerra da Silva teria recebido dinheiro do advogado, ex-policial militar e ex-namorado de Mércia, Mizael Bispo de Souza, 40 anos, para executar a advogada. Existe a hipótese de que Mizael estava inconformado com o término do namoro, o que motivou o crime.

Depois do homicídio, Evandro fugiu de São Paulo, mas, ainda assim, nega a autoria. “Todo ano eu venho passar as festas juninas com a família. Você acha que eu cobraria R$ 5 mil para matar uma advogada, sendo que eu tinha uma renda de quase R$ 6 mil por mês?”, disse o vigilante.

Evandro contou que conhecia a advogada apenas de vista e que, na época do homicídio, estava fora de São Paulo. “Viajei no dia 10 de junho e no dia 12 cheguei a Sergipe”, disse.

O vigilante afirmou que tem como provar que no dia do desaparecimento de Mércia Nakashima estava trabalhando como segurança em uma feira. “Faço segurança em feiras. Nesse dia, saí da feira, fui para o posto e saí de lá às 22h20”, afirmou.

Evandro também falou sobre a ligação com o principal suspeito. Enfatizou que, como ex-policial, Mizael dava apoio de segurança no posto de combustível, onde o vigilante trabalhava.

A advogada Mércia Nakashima, 28 anos, desapareceu em 23 de maio e foi encontrada morta no dia 11 de junho em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. Exames comprovaram que ela levou um tiro no rosto antes de morrer. A polícia ainda investiga se Mércia foi mantida em cativeiro antes de ser assassinada. Testemunhas afirmam ter visto a vítima ao lado do ex-namorado Mizael Bispo dos Santos nas proximidades de uma favela, na periferia de Guarulhos (SP).

Fonte: Portal Terra