Diversas crianças das creches municipais Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Cristo Redentor estão participando na manhã desta segunda-feira (14) de uma manhã recreativa na ONG Rancho Verde Vida, realizada pelo casal Socorro Patriota e Alvinho Patriota. A ação promove o bem-estar das crianças através de brincadeiras tradicionais, distribuição de doces, lanche, sucos, almoço e entrega de presentes para cada aluno. O encontro de integração entre as duas unidades de ensino é feito todos os anos pelo casal Alvinho e Socorro. Além das crianças, estão participando do evento professores, coordenadores, administradores e alguns pais.

Segundo a Coordenadora Pedagógica das duas creches, Marinês Gondim, os principais benefícios da ação são “a questão da interação entre as crianças, o contato com a natureza e também a questão da atividade recreativa livre”, assinalou. “Nas creches a gente faz um trabalho pedagógico voltado para as brincadeiras, levando em consideração que a criança brinca aprendendo. Essa parte pedagógica a gente faz o trabalho aproveitando o brincar, o que é muito importante para as crianças”, completou.

Administradora da creche Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Rose Marli, também destaca a integração entre as crianças das duas unidades de ensino básico. “É um dia letivo para elas, é um dia maravilhoso, porque elas se divertem e participam, conhecem outras crianças da mesma idade, que não é só daquele bairro onde elas convivem. Às vezes eles podem pensar que só existem aquelas crianças daquele bairro, na rua deles, mas eles podem se integrar com outras crianças de outros lugares, principalmente da nossa comunidade”, enfatizou.

A creche Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está localizada no bairro que a denomina. Atende atualmente 57 crianças em horário integral, das 7h30min às 16h30min. Já a creche Cristo Redentor fica situada na Avenida Eliza Patriota, bairro Nova Olinda, nas proximidades da rádio Vida FM. Na unidade estudam 56 crianças, também em horário integral. As creches funcionam por meio de uma parceria entre a Igreja Católica e Prefeitura Municipal de Salgueiro.

Por Chico Gomes

Crianças da comunidade João de Deus, bairro carente de Petrolina, receberam com muita alegria neste sábado (11) duas creches reformadas pela empresa multinacional Reckitt Benckiser (RB). A ação foi desenvolvida pela RB em parceria com ONG Fundação Abrinq – Save the Childen, por meio do programa “Desafio Solidário”, em prol do projeto Criança com todos os seus direitos.

Diversos colaboradores da RB, empresa detentora de produtos de limpeza famosos, como Veja e Vanish, espalhados por todo o mundo, estiveram em Petrolina no decorrer de toda essa semana para atuarem nos serviços de reforma das creches Padre Zeguinha e João Paulo I.

Além de contribuírem com dinheiro os funcionários da RB puseram a mão na massa e deixaram as duas unidades de ensino básico novas. Como forma de agradecer humildemente ao trabalho prestado pelos colaboradores internacionais, professoras e funcionárias de uma das creches prepararam um café da manhã reforçado nesta sexta-feira (10), para receber os voluntários no último dia de serviço.

A equipe voluntária da Reckitt Benckiser concluiu os trabalhos com satisfação, observando os resultados obtidos. Voltam para seus países com a sensação de mais um “Desafio Solidário” cumprido.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

O projeto de lei que vai criar o novo Plano Nacional de Educação (PNE), enviado pelo Ministério da Educação (MEC) ao Congresso Nacional, prevê que até 2020 o atendimento em creche seja ampliado para 50%. Atualmente, menos de 20% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas nessa etapa educacional – incluindo instituições públicas e privadas. A oferta de creche, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), é de responsabilidade dos municípios.

Entre 1995 e 2009, o crescimento foi de 0,81 ponto percentual ao ano – era 7,6% e chegou a 18,4%. O PNE anterior, que vigorou entre 2001 e 2010, já previa que o país atendesse a 50% da população de 0 a 3 anos até 2011. “A meta já existia no outro plano, deveria ser cumprida até 2011 e agora passou para 2020. Ou seja, já estamos com dez anos de atraso”, compara o coordenador da Rede Nacional Primeira Infância, Vital Didonet.

O especialista aponta que o atendimento em creche é caro e por isso o aumento das vagas públicas é tão lento. Se o ritmo dos últimos anos for seguido (0,81 ponto percentual ao ano), a meta de 2020 não será cumprida. “A criança pequena precisa de um espaço grande, adequado, não é qualquer local que pode recebê-la, precisamos fugir dessa forma histórica do atendimento em creche. Ainda são necessários profissionais qualificados e materiais próprios para o desenvolvimento infantil”, acrescenta.

O MEC tem hoje dois programas que tentam reverter o cenário deficitário. O Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), criado em 2007, estabelece convênios com os municípios para a construção de unidades de educação infantil. Em três anos, apenas 100 creches das cerca de 2 mil já conveniadas foram finalizadas – cerca de 5%.

A outra frente de ação foi a inclusão da construção de creches na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). A meta é construir 6 mil creches até 2014. Considerando que a atual população de 0 a 3 anos do país é de cerca de 10 milhões de crianças, para que se garanta a matrícula de 50% desse grupo será preciso chegar a 2020 com 5 milhões de matrículas – quase 3 milhões a mais do que o número atual.

De acordo com a coordenadora de Educação Infantil do MEC, Rita Coelho, os investimentos da União na área são inéditos, considerando o orçamento de anos anteriores. Ela acredita que o apoio do MEC é importante, mas não resolverá todo o problema.

“Não é suficiente porque o apoio da União é suplementar, uma atuação colaboradora. Mas os municípios também precisam ter suas propostas, colocar recursos próprios. Os investimentos precisam ser ampliados e não só na educação infantil”, ressalta. Ela acredita que hoje é “inquestionável” o comprometimento das prefeituras com a expansão dessa etapa educacional.

Além do desafio físico da rede, Rita acredita que outra dificuldade está na construção de uma proposta pedagógica para a educação infantil. “Temos que consolidar na sociedade a educação infantil como a primeira etapa da educação básica, mas também não é uma antecipação da escolaridade, nem assistência social”, diz.

Fonte: Último Segundo