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Vegetais devem ser evitados na Alemanha, alerta Anvisa

fickenscherA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota nesta sexta-feira (3) para esclarecer a população sobre o surto recente causado pela bactéria Escherichia coli enterohemorrágica (EHEC) na Europa, que já deixou 17 mortos na Alemanha e 1 na Suécia, além de mais de 1.800 infectados em 12 países, incluindo Estados Unidos e Japão.

A principal orientação da agência é destinada a turistas com destino à Alemanha, que são orientados a evitar o consumo de vegetais como pepinos, alfaces e tomates. O órgão afirmou que medidas restritivas aos alimentos suspeitos da contaminação como pepinos, tomates e alfaces vindos da Alemanha. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estes vegetais não são importados do país europeu pelo Brasil.

Segundo a Anvisa, os principais sintomas das infecções causadas pelas EHECs são cólicas abdominais muito fortes e diarreia com sangue – daí o nome . Os micro-organismos produzem uma toxina chamada shiga (STEC) ou outra denominada verotoxina (VTEC).

Pessoas com o sistema de defesa mais fraco podem desenvolver uma doença chamada síndrome hemilítico-urêmica (SHU), que causa anemia e faz os rins pararem de funcionar.

O primeiro alerta sobre a doença foi emitido em 27 de maio pela Rede Internacional de Autoridades em Inocuidades de Alimentos (INFOSAN) – órgão que mantém relações com a Anvisa -, três dias após o início das investigações sobre o surto na Alemanha. Antes, no dia 22 de maio, o país entrou em contato com o Sistema de Alerta Antecipado e Resposta da Comunidade Europeia (EWRS, na sigla em inglês).

As EHECs podem ser transmitidas aos humanos por meio de alimentos contaminados, especialmente carne e vegetais crus ou mal-cozidos. A transmissão entre pessoas pode acontecer pelo contágio fecal-oral: quando alguém entra em contato com fezes infectadas, não lava as mãos e manipula alimentos que são comidos por outros.

Os especialistas ainda não conseguiram dizer qual foi a origem da contaminação no caso alemão. No começo da semana, alimentos espanhóis chegaram a ser apontados por autoridades alemãs como possíveis fontes da bactéria, mas a Alemanha pediu desculpas formais dias depois, após forte reclamação do país ibérico.

Fonte: G1

Bactéria em verduras causa 14 mortes na Alemanha

1115087Uma bactéria que se propaga com o consumo de hortaliças cruas já custou a vida de 14 pessoas na Alemanha. As suspeitas recaem sobre os pepinos procedentes da Espanha, que nega ser a origem do foco.O registro chegava nesta segunda-feira a 14 mortos na Alemanha após a morte de duas pessoas por hemorragias provocadas pela bactéria E.coli enterohemorrágica (Eceh), uma no oeste e outra no norte do país.

O RKI (Instituto Rupert Kock), encarregado do controle sanitário e do combate a doenças na Alemanha, reconhece até o momento três mortes diretamente atribuídas à bactéria. Mas “no total cerca de dez pessoas morreram”, segundo informações das autoridades regionais, declarou à imprensa o diretor do centro, Reinhard Burger.

Segundo Burger, há 352 pacientes infectados que apresentam problemas renais severos, conhecidos como SHU (Síndrome Hemolítico-Urêmica), potencialmente mortal. “O número real é provavelmente muito mais alto”, advertiu.

Esta contaminação pela Eceh, a maior já registrada na Alemanha e uma das mais graves no mundo, não atingiu seu pico, devido ao espaço de tempo existente entre a incubação e sua manifestação.

Enquanto as autoridades sanitárias buscam a origem do foco de E.coli, seus efeitos atingiram o setor agrícola espanhol após as primeiras declarações que apontavam para os pepinos cultivados na Andaluzia, embora não tenha sido descartado que tenha ocorrido uma contaminação durante o processo de distribuição.

Em reação a esses fatos, a Espanha indicou nesta segunda-feira por meio de sua ministra da Agricultura, Rosa Aguilar, que pedirá “uma resposta” da União Europeia pelos danos provocados pela suspeita lançada sobre os pepinos espanhóis.

“Isso está danificando a imagem da Espanha, está danificando o setor produtor espanhol e o governo espanhol não está disposto a permitir esta situação”, declarou a ministra em uma entrevista coletiva à imprensa.

À espera dos resultados das análises que estão sendo realizadas, que, segundo a Espanha, só serão revelados na quarta-feira, a Bélgica proibiu nesta segunda a importação de pepinos espanhóis e a Rússia fez o mesmo com as verduras espanholas e alemãs e ameaçou estender a medida para toda a UE.

Na Áustria, a Agência de Vigilância Sanitária pediu o recolhimento de pepinos, berinjelas e tomates orgânicos de origem espanhola, que eram distribuídos por 33 lojas austríacas.

Casos da síndrome já foram registrados na Áustria, Suécia, Dinamarca, Holanda e Reino Unido. Todos os casos foram relacionados a viagens à Alemanha.

Fonte: Folha.com

STJ aumenta produtividade de julgamentos com economia de recursos

hospital-al-300x168A UTI neonatal e a maternidade do Hospital Universitário de Maceió, em Alagoas, foram fechadas por tempo indeterminado, depois da morte de três recém-nascidos na instituição. Pelo menos duas mortes foram causadas por uma bactéria de alta resistência. O terceiro recém-nascido possuía uma má-formação e não é possível afirmar se a morte foi causada pela bactéria.

Em fevereiro, a UTI neonatal ficou fechada por cerca de duas semanas devido à presença da bactéria acinetobacter Baumannii em dois bebês. Segundo a assessoria do hospital, agora são quatro bebês com a bactéria. Três deles morreram.

A maternidade do HU tem 60 leitos e é especializada no atendimento a pacientes com gestação de risco. Os bebês que estão internados na UTI neonatal poderão ser transferidos.

Com a interdição das alas, não serão aceitos novos pacientes na UTI neonatal e na maternidade, e os que já estão nas unidades deverão ser transferidos ou receberão tratamento no próprio hospital.

Foi detectado também a presença da bactéria resistente em outros dois pacientes internados na UTI geral. Um deles, era um homem de 70 anos com doença pulmonar e AVC, que morreu. A outra paciente é uma adolescente de 16 anos, vítima de acidente de trânsito, que chegou ao hospital transferida do Hospital Geral do Estado.

Técnicos da vigilância sanitária da Secretaria da Saúde do Estado, responsável pelo HGE, estão colhendo material para tentar descobrir a origem da bactéria.

Fonte: Correio do Brasil

A bactéria que preocupa o Brasil

kpc_Depois da efervescência em torno da Influenza A (H1N1), agora uma das maiores preocupações da saúde no País recai sobre a chamada “superbactéria” KPC (Klebsiella pneumoniae), produtora de carbapenemase. O micro-organismo é resistente a quase todos os antibióticos e já causou mortes em alguns estados brasileiros, além do Distrito Federal. As incidências são registradas, na maioria dos casos, em hospitais no caso de pacientes com longo tempo de internação e que realizaram procedimentos invasivos.

Conforme o médico infectologista Marcelo Carneiro, mestre em Microbiologia e professor do curso de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a KPC desenvolveu uma maneira de ficar resistente aos antibióticos. “Isso diminui as opções de tratamento das infecções por esses agentes”, esclarece. O especialista destaca que, como qualquer outra infecção, os efeitos no organismo são decorrentes da reação inflamatória entre o agente e o hospedeiro. “A presença desse mecanismo de resistência é que dificulta o tratamento e a escolha do antibiótico.”

Para o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), a proliferação da KPC é inevitável. Nesse sentido, cresce a necessidade de prevenção. Segundo Carneiro, as bactérias podem sofrer alterações nas pessoas doentes, e a transmissão ocorre, especialmente, por meio das mãos – quando não higienizadas adequadamente. “Assim como na gripe A, a adoção de medidas simples diminui a disseminação dos agentes.” As pessoas mais expostas são aquelas com saúde debilitada, que estão internadas em hospitais e clínicas de repouso.

No entanto, a “superbactéria” também pode atingir a população fora das unidades de saúde. Por isso, além dos cuidados com a higienização correta das mãos, é imprescindível evitar o uso de medicamentos sem prescrição médica, especialmente a utilização indiscriminada de antibióticos que é o que torna as bactérias mais resistentes. Esta semana, o ministro da Saúde, José Temporão, enfatizou que o governo quer regulamentar a venda desses medicamentos.

Fonte: Gazeta do Sul