A Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou nesta segunda-feira a libertação do ex-governador do DF (Distrito Federal) José Roberto Arruda (ex-DEM) e de mais cinco aliados, presos por atrapalhar as investigações do mensalão do DEM.
A maioria dos ministros seguiu o voto do relator do caso, ministro Fernando Gonçalves. O placar final da votação foi de 8 votos pela liberdade contra 5 pela manutenção da prisão de Arruda. Dos 15 membros que compõem a Corte Especial, dois ministros não comparecerem ao julgamento, de caráter extraordinário.
Segundo o STJ, o ex-governador não representa risco às investigações do inquérito do mensalão do DEM e, por isso, sua prisão não se justificaria mais.
Arruda permanece preso desde o dia 11 de fevereiro na Superintendência da PF (Polícia Federal), em Brasília. Ele foi detido sob a acusação de que obstruía as investigações do STJ sobre o esquema de arrecadação e pagamento de propina.
O pedido de liberdade, protocolado pelo advogado Nélio Machado na última terça-feira, argumentava que a fase de depoimentos do inquérito já havia sido concluída pela PF e que a prisão já não seria necessária, afinal Arruda não teria mais condições de influenciar as testemunhas.
Arruda chegou a deixar a PF quatro vezes para realizar exames, além de passar um dia inteiro em um hospital de Brasília após passar por um cateterismo. A ideia da defesa era convencer Gonçalves a conceder prisão domiciliar ou prisão hospitalar, o que não aconteceu.
Fonte: Diário do Grande ABC
