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Rogério Onofre, ex-presidente do DETRO, se entrega à Polícia Federal

O ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio, que era considerado foragido, se entregou neste sábado (26) à Polícia Federal. O Ministério Público acusa Rogério Onofre de ter ameaçado de morte outros investigados na Lava Jato.

Rogério Onofre chegou ao presídio em um carro da Polícia Federal. Ele vai ficar preso na cadeia pública de Benfica, na Zona Norte do Rio. Lá estão outros presos da Lava Jato.
Rogério Onofre era considerado foragido porque, na sexta-feira (25), não foi encontrado pelos policiais em casa.

O ex-presidente do DETRO – departamento que fiscaliza as empresas de ônibus do Rio – já tinha sido preso no início de julho acusado de receber R$ 44 milhões em propina dos empresários do setor de transporte.

A mulher dele também foi presa porque tentou movimentar dinheiro de uma conta no exterior dias depois da prisão do marido.

O Ministério Público diz que ela chegou a ter US$ 10 milhões fora do país. Mas na última terça-feira (22), à noite, os dois foram soltos, beneficiados por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

No dia seguinte, o Ministério Público Federal voltou a pedir a prisão de Rogério Onofre, porque ele teria ameaçado dois empresários também investigados pela Lava Jato.

Nuno Coelho e Guilherme Neves Vialle eram conhecidos como “Batman” e “Robin”, e teriam lavado dinheiro para o casal na venda de imóveis em Curitiba.

Os empresários revelaram as ameaças em depoimento à Polícia Federal e apresentaram mensagens de áudio: “Vocês não estão acreditando, rapaz, na sorte. Vocês não morreram ainda porque eu quero receber, mermão”, disse Rogério Onofre.

O juiz federal Marcelo Bretas recebeu o pedido do Ministério Público e decidiu consultar Gilmar Mendes se o habeas corpus impediria a nova prisão. O ministro do STF disse que não e que o juiz deveria decidir. Marcelo Bretas, então, determinou a nova prisão.

Rogério Onofre volta para a cadeia em uma situação pior do que na primeira prisão. Os investigadores alegam que ele descumpriu uma ordem judicial ao não ficar em casa à noite quando estava solto por força do habeas corpus. E as ameaças foram consideradas obstrução de Justiça.

Fonte: Jornal Nacional