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Justiça venezuelana ordena prisão de opositor após mortes em protestos

Um tribunal venezuelano ordenou a prisão, nesta quinta-feira (13), do líder oposicionista Leopoldo López por acusações que incluem assassinato e terrorismo relacionados a manifestações de rua que resultaram na morte de três pessoas na quarta-feira.

López, educado nos Estados Unidos, ajudou durante duas semanas a organizar manifestações esporádicas pelo país para protestar contra o presidente Nicolás Maduro pela criminalidade, escassez de produtos e o fracasso em controlar a inflação, e prometeu retirá-lo do cargo.

Maduro o acusa de buscar a violência para tentar dar um golpe similar ao que 12 anos atrás tirou do poder por breve período o falecido presidente Hugo Chávez, embora haja poucos indícios de que os protestos possam derrubá-lo.

“Sem dúvida, a violência foi criada por grupos pequenos coordenados, exaltados e financiados por Leopoldo López”, disse Jorge Rodríguez, líder do governista Partido Socialista e prefeito da área de Caracas onde na quarta-feira ocorreram as maiores passeatas.

Pouco antes de um tribunal de Caracas confirmar um pedido do Ministério Público para ordenar a prisão de López, o líder oposicionista acusou partidários armados do governo de disparar contra manifestantes pacíficos.

“O governo está jogando a cartada da violência, e não é a primeira vez. Eles estão me acusando sem nenhuma prova… Eu tenho a consciência limpa porque nós defendemos a paz”, disse López à Reuters.

“Nós não vamos recuar e não podemos recuar porque se trata de nosso futuro, de nossos filhos, de milhões de pessoas.”

Nesta quinta-feira, López estava com seus advogados em sua casa no distrito de Chachao, região de alto poder aquisitivo e da qual ele foi prefeito, informou seu partido, chamado Vontade Popular.

Fonte: G1