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Reunião sobre o Cais Estelita discute diretrizes para construções no Centro

A reunião técnica promovida pela Prefeitura do Recife, com a presença de representantes de sete entidades urbanísticas e do movimento Ocupe Estelita, apresentou diversas diretrizes que servirão de elementos para a construção de um novo plano urbanístico para todo o território do Centro do Recife, e não apenas para o terreno entre os Cais José Estelita e a avenida Sul.

Entre os tópicos que foram levantados, está o escalonamento do gabarito dos prédios previstos para o espaço do projeto Novo Recife. A altura dos edifícios seria menor nas proximidades do bairro de São José, preservando a região histórica onde há a igreja e o Forte das Cinco Pontas. O tamanho aumentaria gradativamente na medida em que as edificações se aproximassem do viaduto Capitão Temudo.

Outras diretrizes levantadas pelos técnicos da PCR foram o uso comercial e para serviços da área do térreo, a integração viária do território – utilizando outras vias de conexão que existem. como a avenida Dantas Barreto e o viaduto Joaquim Cardozo – e uma amenização ambiental para que haja uma adequada relação entre área construída e a vegetação. O Movimento Ocupe Estelita também apresentou sugestões que a Prefeitura não tinha definido, como soluções de habitação social que podem ser pensadas para a população que mora no território.

Na próxima semana as equipes da PCR, junto com as entidades envolvidas na discussão do projeto, irão desenvolver cada uma dessas diretrizes que posteriormente serão apresentadas em uma nova reunião técnica. O resultado da nova reunião técnica será apresentado em uma audiência pública já marcada pela gestão municipal para o dia 17 de julho. Da escuta da população, novos elementos poderão ser levantados e apresentados.

A arquiteta e integrante do movimento Oculpe Estelita, Cristina Gouveia, afirmou que na reunião houve um consenso sobre a criação do plano urbanístico e a preocupação com a metodologia desse processo. “Uma coisa que o movimento tem identificação há bastante tempo é que precisa haver uma metodologia de planejamento urbano”, disse. Além do CAU-PE, também participaram representantes da OAB-PE, UFPE, Unicap, IAB-PE, Crea e Observatório do Recife.

Fonte: Folha de PE