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Reforma dos militares tem gritos de ‘Bolsonaro traidor’

A comissão que analisa a reforma da Previdência dos militares teve protesto com direito a gritos de “Bolsonaro traidor” nesta terça-feira (29). A votação dos três destaques que ainda faltavam no texto foi concluída ontem, mesmo com uma suspensão momentânea da sessão durante o protesto de representantes da categoria dos praças e de mulheres.

Com caráter conclusivo, o projeto não precisa passar pelo plenário da Câmara e já pode seguir direto para o Senado. A oposição anunciou, contudo, que vai entrar com um recurso para obrigar a votação do projeto por toda a Casa.

Dos três destaques, dois foram rejeitados e retirados da votação. O protesto aconteceu por parte dos familiares dos praças justamente porque foi rejeitado o dispositivo que previa substituir o adicional de habilitação militar em reajuste linear para todos integrantes das Forças Militares. 

A emenda buscava ampliar a remuneração de militares de patentes baixas e praças, categorias com concurso que exige menor grau de instrução. Ex-líder do PSL, o deputado delegado Waldir (GO) discursou contra o presidente Bolsonaro ao falar do tema.

“Esses soldados que estão aqui, praças, sargentos, cabos são a base (eleitoral) do presidente da República. Não sei como ele vai conseguir entrar nesses quarteis depois dessa ação. Sou favorável ao benefício aos oficiais (que já foram contemplados na proposta), mas vão tirar o pão dessas crianças”, disse Waldir.

O relator do projeto, deputado Vinícius de Carvalho (Republicanos-SP), incluiu policiais e bombeiros dos estados nas mesmas regras previdenciárias das Forças Armadas. 

Fonte: Correio