Com a valorização do real e o dólar em queda, os produtores de manga e uva do Vale do São Francisco, Sertão de Pernambuco, têm enfrentado sérios problemas na hora da comercialização com os Estados Unidos. De acordo com eles, o “sobe e desce” da moeda americana reduziu os lucros pela metade.
“Para dar um exemplo, nós exportávamos U$ 1 milhão de dólares e recebíamos R$ 3 milhões de reais. Hoje, exportamos o mesmo milhão de dólares e recebemos R$ 1,6 mil reais, ou seja 50% do nosso faturamento caiu em real”, afirma o vice-presidente da Valexport, Artur de Souza (foto).
Junto à desvalorização do dólar, veio o aumento nos custos de produção e de mão de obra. Isso poderá atrapalhar na hora de enfrentar os mercados emergentes. “O Chile e a Argentina entraram fortemente no primeiro semestre e ficamos impossibilitados de concorrer com a Grécia, a Califórnia e a África de Sul no mercado internacional, em função dessa grande valorização do real”, diz.
Para o economista José Adelson (foto 2), esse é o momento ideal para a negociação. Mas ele alerta que é preciso ter cuidado: “O momento seria de comprar insumos para garantir um custo menor no próximo ciclo produtivo. Assim, se ele depende dessa produção através de insumos importados, ele vai comprar o insumo agora e vai conseguir ter uma redução real da perda pela queda do dólar no momento”.
Fonte: pe360graus.com
