Vida FM Asa Branca Salgueiro FM Salgueiro FM

PSDB quer que brasileiros decidam em 2018 sobre parlamentarismo

Em meio a uma grave crise que divide o partido entre os que apoiam e os que criticam o governo de Michel Temer, o PSDB tenta resgatar a história da legenda e buscar uma aproximação com a população, de olho em 2018.

Uma das ideias que cresce na sigla é o parlamentarismo, sistema em que cabe ao Legislativo eleger o representante do Executivo. De acordo com o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), a intenção é fazer um plebiscito já em 2018 para saber a opinião da população.

“Acaba aquela coisa de “vou pedir tudo, vou pedir casa, estrada”. Não existe mais isso porque os ministérios têm que acompanhar uma política pública do que foi determinada (…) O deputado pode fazer com que as prefeituras sejam atendidas no parlamentarismo de maneira translúcida, transparente. Sem ser “troquei um cargo por um voto ou uma obra'”, afirmou em entrevista ao HuffPost Brasil na última quinta-feira (19).

No mesmo dia, foi ao ar uma propaganda do partido em que a sigla critica a troca de favores no atual sistema político, o presidencialismo de coalizão, em que o presidente libera emendas parlamentares ou nomeia aliados de deputados em troca de votos. O PSDB tem quatro ministérios no governo Temer.

A peça, idealizada pelo presidente em exercício da legenda, senador Tasso Jereissati (CE), provocou um novo abalo na legenda, dividida desde a delação da JBS, que atingiu o então presidente da sigla, senador Aécio Neves (MG).

Em nota, o ministro Bruno Araújo (Cidades) afirmou que o vídeo “não se enquadra” na busca por uma “transição consensual”, objetivo desde que Tasso assumiu o comando do partido. “O programa não me representa”, afirmou. Alguns tucanos já articulam a substituição de Tasso.

Na votação da denúncia contra Teme, foram 21 votos contra o presidente e 22 para barrar as investigações. Na época, Tripoli afirmou que independente dessa questão, o PSDB apoiaria as reformas econômicas. Parte da bancada, contudo, já afirmou que não tem chances de as mudanças na Previdência serem aprovadas.

Para o líder, é possível aprovar a reforma com algumas alterações. Ele destaca, contudo, que faltam propostas mais amplas para enxugar os gastos públicos. “Não dá para, de uma forma esquizofrênica, imaginar que somente a Previdência pode resolver o problema do rombo do País”, afirmou.

Fonte: HuffPost