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Presidente da OAB cobra explicações sobre morte de juíza: ‘uma barbaridade’

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, cobrou nesta sexta-feira a imediata apuração dos autores e mandantes do assassinato da juíza Patrícia Acioli, nesta quinta-feira, em Niterói. Ele afirmou que o crime “foi uma barbaridade contra um ser humano e, sobretudo, contra a Justiça brasileira e o Estado de Direito”.

Ophir afirmou também que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro deve explicações para o fato de ter sido retirada a escolta pessoal da juíza, que era conhecida por seu rigor na atuação contra grupos de extermínios formados por policiais militares e, em consequência, integrava listas negras de marcados para morrer. “O fato de o TJ ter retirado a escolta pessoal que a juíza tinha é algo que precisa de uma explicação por parte daquele Tribunal, sobretudo por parte de seu presidente à época, o desembargador Luiz Zveiter”, disse Ophir.

O crime

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi morta a tiros dentro de seu carro, um Fiat Idea Adventure cinza, na porta de casa na localidade de Timbau, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. De acordo com um primo da vítima que não quis se identificar, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros, por volta das 23h30 desta quinta-feira. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45 , sendo oito diretamente no vidro do motorista. O enterro da magistrada será nesta sexta-feira, às 16h30, no Cemitério Maruí Grande, no Barreto, em Niterói.

Patrícia Acioli foi a responsável pela prisão de quatro cabos da Polícia Militar e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio no município de São Gonçalo. A quadrilha sequestrava e matava traficantes para depois pedir resgates de R$ 5 mil a R$ 30 mil a comparsas e parentes das vítimas.

Fonte: O Dia