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Polícia diz que padrasto mentiu sobre morte de Maria Alice e fecha inquérito

A Polícia Civil de Pernambuco enviou à Justiça, nesta segunda (6), a conclusão do inquérito que apurou a morte da jovem Maria Alice Seabra, 19 anos. De acordo com delegada Gleide Ângelo, a perícia mostrou que o padrasto da jovem, Gildo Xavier, assassino confesso, mentiu em depoimento.

Segundo a delegada, a relação dos dois era marcada por uma convivência complicada, com histórico de ciúmes e agressão. A história terminou com o assassinato violento da adolescente no dia 19 junho.

Gildo arrastou a adolescente para um canavial em Itapissuma, no Grande Recife, onde estuprou e matou Alice. “Ele disse que quando pegou ela, na casa dela, na Avenida Recife, ele parou ali na BR e, em 20 minutos, cometeu todos esses crimes dentro do carro, e só foi para o matagal para jogar o corpo e ir embora. Depois, ele se arrependeu e voltou. Mas a gente viu que isso não é verdade. No local, onde foi encontrado o corpo, foi onde ocorreu o estupro, o homicídio e a ocultação”, explicou Gleide Ângelo.

A polícia concluiu que o crime foi premeditado. De acordo com as investigações, o padrasto começou a pensar no sequestro e assassinato da jovem cerca de dois meses antes. Gildo Xavier teria dito, em depoimento à polícia, que a gota-d’água teria sido uma tatuagem que Alice fez no pulso com o nome do pai biológico.

“No depoimento, ele fala de uma forma muito incisiva, que tudo isso desencadeou de uma forma decisiva quando ele viu a foto que ela colocou no Facebook com a tatuagem. Então, naquele momento, ele decidiu que iria cometer o crime. Porque ele disse que poderia admitir tudo, mas a tatuagem era demais. É dessa forma que ele fala”, revelou a delegada. Após ser preso, Gildo Xavier foi encaminhado ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, onde está à disposição da Justiça.

Fonte: G1 PE