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Para Dilma, delação de compra de votos pró impeachment reforça processo por anulação

A defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff vai utilizar a delação do doleiro Lúcio Funaro, em que ele diz que teria repassado R$ 1 milhão ao ex-presidente da Câmara, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que comprasse votos pelo impeachment, para pedir a anulação do seu afastamento. 

Os advogados de Dilma devem pedir nesta terça-feira (17) para que o conteúdo da delação seja juntado aos autos do mandado de segurança pela anulação do impeachment, que aguarda julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, que faz a defesa de Dilma, diz que as declarações de Funaro confirmariam que o processo de afastamento ocorreu “em razão de decisões ilegais e imorais”, tomadas por Cunha e demais parlamentares que queriam evitar “a sangria da classe política brasileira”.

Denúncia contra Temer

O ambiente de expectativa em relação ao debate e votação do relatório da denúncia contra o presidente Michel Temer e dois dos seus ministros, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco(Secretaria-geral da Presidência), está tão tenso que os parlamentares da base do governo que já chegaram ao Congresso negociam a possibilidade de orientar os deputados integrantes da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ) na Câmara a abrirem mão de suas falas ou reduzir o tempo destinado a discursos.

A estratégia tem o objetivo de fazer com que a apreciação do relatório aconteça o quanto antes, de forma a acelerar a votação da matéria no plenário. A previsão oficial da CCJ é de que o relatório seja discutido na quarta-feira (18), mas votado na quinta-feira (19). 

Fonte: Rede Brasil Atual