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Para Banco Mundial, incertezas “continuam elevadas” em 2015

O Banco Mundial disse que as incertezas sobre a política econômica do Brasil continuam elevadas, mesmo com o fim da incerteza eleitoral do ano passado. Em seu relatório sobre a economia global divulgado ontem, os economistas do Banco dizem que há incertezas sobre as políticas fiscal e monetária e sobre a agenda de reformas estruturais. Também escrevem que a confiança na recuperação do país é fraca e prevê crescimento modesto neste ano e em 2016.

O declínio dos preços das commodities (matérias-primas), demanda mais fraca de parceiros comerciais, como Argentina e China, secas em regiões agrícolas, contração do investimento e incertezas eleitorais levaram a um declínio acentuado no crescimento, descreve o relatório. Acrescenta que o déficit fiscal saltou por conta de “empréstimos públicos e deduções fiscais, que eram medidas de estímulo” em 2014, quando o PIB só cresceu 0,1%.

A desvalorização do real, de 20% em 2014, deve-se a preocupações dos investidores quanto aos desequilíbrios macroeconômicos.

É feita uma breve menção à nova equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, “que deve fortalecer políticas pró-crescimento e reforçar pouco a pouco os investimentos. Outra mudança positiva apontada é que a desvalorização do real pode ajudar a aumentar as exportações.

Na América Latina, vários países crescerão acima dos 3% por ano até 2017, como México, Colômbia, Uruguai, Panamá, Peru e Bolívia. Argentina e Venezuela continuarão em recessão.

Os Estados Unidos, em recuperação, devem cresce 3,2% este ano, depois de um crescimento de 2,4% no ano passado, e seu PIB deve continuar em alta em 2016 e 2017.

A China vive uma desaceleração cuidadosamente administrada nas palavras do Banco, de 7,1%, 7% e 6,9% em 2015, 2016 e 2017 respectivamente. Cada ponto percentual de desaceleração na China reduz em 0,6 ponto percentual o crescimento da América Latina e Caribe.

A desaceleração dos Brics é pronunciada, com exceção da Índia, que elegeu no ano passado o reformista Nahendra Modi. O PIB deve ter alta de 6,4% neste ano e de 7% ao ano nos dois anos seguintes. Já o PIB russo deve cair 2,9% neste ano.

Os países europeus que utilizam o euro e o Japão continuam com crescimentos bem modestos.

Fonte: Folhapress