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Mulheres de PMs recusam nova proposta para desocupar quartéis e movimento continua no ES

Um grupo de mulheres de policiais militares esteve reunida, na manhã desta sexta-feira (17), com entidades que representam os militares no Espírito Santo, para uma nova rodada de negociações para pôr fim ao movimento que mantém PMs aquartelados no Estado e que completou 14 dias nesta sexta. No entanto, mais uma vez, não houve acordo e as mulheres continuam bloqueando os acessos aos quartéis.

De acordo com o presidente da Associação dos Oficiais Militares do Espírito Santo (Assomes), Major Rogério Fernandes Lima, as associações levaram às mulheres algumas propostas que, caso fossem aceitas, seriam repassadas ao Governo do Estado. O major, no entanto, disse que não poderia entrar em detalhes sobre quais pontos foram propostos.

Como tentativa de encerrar os protestos, na última terça-feira (14) a Justiça do Estado ordenou a saída imediata de manifestantes e a remoção de obstáculos que possam interferir na saída dos batalhões capixabas. Dez mulheres, identificadas como participantes do movimento, foram intimadas, sendo nove na Grande Vitória e uma em Alegre, no sul do estado.

Caso a decisão não seja cumprida, foi determinado o pagamento de multa de R$ 10 mil por dia para cada manifestante. Mesmo assim, as mulheres seguem firme no protesto. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado, mais de 160 homicídios foram registrados, desde o início da paralisação dos policiais militares.

Apesar do movimento, desde o último final de semana, mais de 3 mil policiais militares capixabas voltaram às atividades, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). A segurança no Estado é reforçada ainda com a presença de cerca de de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional. 

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que as Forças Armadas ficarão o tempo que for necessário no Espírito Santo. O prazo publicado no Diário Oficial da União para a permanência das tropas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica no Estado termina na próxima quinta-feira (23), mas, segundo o ministro, as tropas só vão embora quando as dificuldades na segurança pública forem superadas.

Nesta sexta-feira, a Polícia Militar divulgou, por meio do boletim geral da corporação, que 1.151 PMs responderão a Inquéritos Policiais Militares (IPMs). Além disso, outros 124 responderão a Processos Administrativos Disciplinares de Rito Ordinário (PAD RO) e 27 ao Conselho de Disciplina.

Fonte: Folha Vitória