Depois de concluir as investigações da Operação Ágio Emergencial, deflagrada em 2020, o Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia à Justiça Federal contra um funcionário de uma casa lotérica de Belém do São Francisco, acusado de obter vantagens ilícitas sobre valores recebidos de beneficiários do Auxílio Emergencial. O subsídio foi pago pelo Governo Federal em decorrência da pandemia de Covid-19.
De acordo com o MPF, as investigações apontaram que o funcionário da lotérica cobrava 10% do valor do auxílio daqueles que não quisessem pegar fila para receber o dinheiro. O procedimento teria sido realizado pelo menos 29 vezes, totalizando R$ 85 mil para o autor da prática criminosa.
Na denúncia, o MPF destaca que o funcionário recebia os cartões dos beneficiários com as respectivas senhas e sacava o dinheiro no dia que o benefício era liberado. Ele ficava com 10% e enviava o restante ao dono do cartão por meio de mototáxi.
O órgão, através da Procuradoria da República em Salgueiro/Ouricuri, denunciou o acusado por crime continuado de corrupção passiva, com o agravante de que as irregularidades foram praticadas em pleno contexto de uma calamidade pública. Caso a Justiça Federal aceite a denúncia, ele pode ser condenado a, no mínimo, 5 anos de prisão.
Da redação do Blog Alvinho Patriota