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Mortes causadas pelo frio passam de cem na Ucrânia

O número de mortes causadas pela onda de frio na Ucrânia chegou a 101, informaram autoridades nesta sexta-feira. De acordo com o Ministério das Situações de Emergência, mais de 1,2 mil foram hospitalizados por hipotermia ou ferimentos causados pelo frio na última semana.

Entre as vítimas, 64 morreram nas ruas, 26 em suas casas e 11 em hospitais. Autoridades determinaram o fechamento de escolas, creches e universidades, além de montarem cerca de 3 mil abrigos para oferecer aquecimento, comida e bebidas quentes a moradores de rua.

O governo pediu que os hospitais não liberem moradores de rua, mesmo que seu tratamento tenha sido finalizado. “Infelizmente as pessoas continuam morrendo, mas estamos tomando todas as providências para impedir que isso aconteça”, disse a porta-voz do Ministério da Saúde, Svitlana Tikhonenko.

O primeiro-ministro do país, Mykola Azarov, fez um apelo para que os ucranianos “se mantenham atentos, usem roupas quentes e ajudem uns aos outros”. “Peço a todos os cidadãos, empresas e organizações que não sejam indiferentes, que apoiem e protejam aqueles que não podem se proteger neste momento difícil”, afirmou. “Somos um só povo.”

A declaração foi feita na quarta-feira, após analistas sugerirem que o alto número de mortos indica a incapacidade das autoridades ucranianas de resolver a situação dos moradores de rua.

Em entrevista à Associated Press, Pavlo Rozenko, especialista em políticas sociais do centro Razumkov, em Kiev, disse que as autoridades ucranianas mantêm o legado soviético que vê moradores de rua como alcoólatras e viciados em drogas, que devem ser banidos da sociedade. “Esse país ainda não sabe cuidar de seus mendigos”, afirmou.

Nesta sexta-feira, a Rússia divulgou o primeiro balanço oficial de mortos que conta vítimas em todo o território, não apenas em Moscou. Segundo o vice-ministro da Saúde, Maxim Topilin, deixou 64 mortos em janeiro.

Além disso, 779 foram hospitalizados com diferentes graus de hipotermia e 1.371 procuraram atendimento médico para tratamento de doenças relacionadas ao frio.

Também nesta sexta-feira, neve começou a cair em Roma, na Itália, algo considerado raro. A última vez que a capital italiana registrou uma nevasca substancial foi em 1986.

Fonte: IG