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Moro teria pedido que celulares de Cunha não fossem apreendidos

Na véspera da prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), em outubro de 2016, o então juiz federal responsável pelos casos da Operação Lava Jato em Curitiba, Sergio Moro, conversou e convenceu os procuradores da força-tarefa a não pedir a apreensão dos telefones celulares usados pelo ex-todo-poderoso manda-chuva da Câmara, que tivera o mandato cassado pouco antes.

É o que indica um conjunto de mensagens trocadas pelo aplicativo Telegram entre o então juiz e o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, que fazem parte de um pacote de diálogos enviados ao site The Intercept Brasil por fonte anônima.

Os diálogos entre o então juiz e o chefe dos investigadores ocorreram no dia 18 de outubro de 2016. Os diálogos foram analisados pelo BuzzFeed News. A exemplo de outros veículos jornalísticos, o BuzzFeed News decidiu publicar o conteúdo por considerar que se trata de informação de interesse público.

A decisão de não apreender os celulares de Cunha, que já não tinha mais foro privilegiado desde setembro de 2016, destoa do padrão da Lava Jato. Saíram dos celulares de executivos de empreiteiras, por exemplo, muitas anotações e mensagens que embasaram investigações.

Fonte: Metrópoles