Apuração do Carnaval de São Paulo é caso de segurança máxima. No começo da tarde, os votos foram retirados do Batalhão de Choque da Polícia Militar e escoltados até o Sambódromo do Anhembi.
A avenida do samba foi ocupada pela diretoria das escolas. Em cada mesa, sonhos e superstições. Às 16h, as notas começaram a ecoar no Anhembi. A Mocidade Alegre quis se impor desde o começo e liderou a apuração até o quarto, de nove quesitos.
Dali pra frente foi uma disputa décimo a décimo – na apuração mais disputada dos últimos anos em São Paulo. A comissão de frente da Mocidade não convenceu os jurados. E foi aí que uma zebra – que nunca foi campeã do Grupo Especial – assumiu a liderança: Tatuapé.
Mas, como um amor de carnaval, que vem arrebatador e vai embora rápido, a liderança da Tatuapé durou apenas um quesito. Era vez da Rosas de Ouro passar a frente.
Faltando apenas três itens para o fim, a Mocidade mostrou porque era bicampeã.
Retomou a liderança, não largou mais e conquistou o tri antes mesmo da leitura das últimas notas.
Euforia na quadra, no tradicional bairro do Limão. Emoção no Sambódromo.
Com 2.800 mil componentes, a Mocidade se deu bem cantando aquilo que os olhos não veem, mas que o coração e alma sentem. A escola mostrou as diversas manifestações de fé do povo brasileiro. E num momento de beleza e ousadia, componentes da escola se ajoelharam na avenida.
“Obrigada barracão. Obrigada comunidade. Vocês foram demais. Obrigada gente, obrigada. Ai, não acredito”, disse Solange Bichara, presidente da Mocidade Alegre.
A Rosas de Ouro ficou com o vice-campeonato pela terceira vez seguida. A Pérola Negra e a Leandro de Itaquera foram rebaixadas. A Unidos de Vila Maria e a Mancha Verde voltarão ao grupo especial.
Fonte: Jornal Nacional
