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Ministro admite risco mínimo de desabastecimento de energia

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reconheceu nesta sexta-feira, 14, que há um risco mínimo de desabastecimento de energia no País, caso as condições climáticas sejam “absolutamente adversas”. Na semana passada, Lobão havia dito que esse risco era “zero”.

— É claro que há taxa mínima de risco, se as condições forem absolutamente adversas, se não vierem chuvas. Nós não contamos com esse quadro. Ora, se eu não estou contando com um quadro absolutamente adverso, eu tenho que entender que o risco praticamente não existe.

Lobão disse ainda que o sistema conta com uma sobra de energia para garantir o suprimento em momentos de dificuldade como o atual.

— Portanto, estamos com a normalidade do processo, e não com a anormalidade. Eu não prestigio o risco mínimo ante a probabilidade máxima de não acontecer nada.

Segundo ele, porém, se o País quiser ter a sua disposição uma folga ainda maior, o consumidor terá que pagar por isso. Lobão afirmou que o País tem hoje 126 mil MW de capacidade instalada.

— Temos energia na quantidade necessária e devida. Se quisermos ter uma sobra de energia para garantir uma segurança ainda maior que a que temos hoje, que é sólida, teremos que pagar por isso. Quanto isso custará ao consumidor?

Para o ministro, o sistema elétrico brasileiro tem equilíbrio estrutural entre oferta e demanda, mas está sujeito a acidentes e incidentes que interrompem o fornecimento de energia. Ele afirmou que há diferença entre desabastecimento e apagões como o do último dia 4 de fevereiro.

— Apagão é uma coisa, desabastecimento é outra. Desabastecimento é o que esperamos que jamais ocorra no País. É claro que todo sistema está sujeito às dificuldades que existem.

Lobão reforçou que o Brasil tem energia necessária para o consumo.

— Temos planejamento energético, sim, e um planejamento bom, que se atualiza ano a ano. Temos investimentos em grandes proporções.

Fonte: R7