A morte do presidente venezuelano Hugo Chávez completou um ano nesta quarta-feira (5). Em Caracas, houve homenagens e protestos.
A Venezuela, nesta quarta-feira, se dividiu entre saudade e revolta. De um lado, chavistas prestaram homenagens ao ex-presidente Hugo Chávez, que morreu há exatamente um ano. De outro, marchas de estudantes e opositores do governo.
A maioria saiu de preto em sinal de luto. Não por Chávez, mas pelos que morreram nos protestos das últimas semanas.
O presidente Nicolás Maduro aproveitou a data para mostrar que é capaz de atrair multidões. Mesmo que seja por fidelidade a Chávez.
Os presidentes Raúl Castro, de Cuba, e Evo Morales, da Bolívia, estavam entre os chefes de governo que participaram das homenagens, que incluíram um desfile militar.
Em outra parte de Caracas, a Guarda Nacional usava gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes.
Os protestos na Venezuela já duram um mês. E são combatidos por Maduro, que até agora não deu ouvidos às queixas sobre inflação, desabastecimento, violência e falta de liberdade.
A Organização dos Estados Americanos – OEA – vai se reunir nesta quinta-feira (6) para avaliar a situação na Venezuela. Os confrontos entre opositores forças do governo já deixaram pelo menos 18 mortos e 266 feridos. Centenas de pessoas foram presas e há denúncias de violações de direitos humanos. Mas Maduro já avisou que não aceita conselho da OEA.
Nicolás maduro anunciou o rompimento de laços diplomáticos e comerciais com o Panamá. Segundo ele, o presidente panamenho, Ricardo Martinelli, a quem chamou de “lacaio desprezível” se uniu aos Estados Unidos para conspirar contra o governo venezuelano.
Fonte: Jornal Nacional
