O governo anunciou nesta sexta-feira (3) que cumpriu a meta de superávit primário – a economia feita para pagar os juros da dívida. O número é parcial e foi antecipado para acalmar o mercado.
O ministro da Fazenda fez questão de anunciar – quase um mês antes do esperado – o resultado do superávit primário, a economia que o governo faz ao longo do ano para pagar juros da dívida pública.
“Nós antecipamos o resultado para abaixar a ansiedade. Porque como havia alguns analistas que diziam que nós não íamos cumprir o fiscal e etc. De modo que isso vai acalmar aqueles que estavam nervosinhos”, disse Guido Mantega, ministro da Fazenda.
E segundo o ministro, o governo cumpriu a meta definida pelo governo.
“Eu queria começar o ano dando boas notícias do ponto de vista fiscal. O governo central cumpriu o compromisso de fazer um resultado fiscal, um superávit primário acima de R$ 73 bilhões para o ano de 2013. Na verdade fizemos um pouco a mais, fizemos algo como 75 bilhões”, afirmou o ministro.
Esse resultado fiscal de 2013 foi conseguido com ajuda de receitas extraordinárias, que não se repetem sempre, como os R$ 15 bilhões que o governo recebeu pelo leilão do Campo de Petróleo de Libra, no pré-sal, e o dinheiro que veio do programa de parcelamento de dívidas tributárias, o refis, que arrecadou cerca de R$ 20 bilhões.
Para o especialista em contas públicas Gil Castelo Branco, o risco é o aumento constante das despesas do governo.
“O governo vem aumentando as suas despesas correntes, e o ideal é que ele estivesse aumentando os investimentos, que são as obras, aquisição de equipamentos. Então, na realidade é isso que deveria ser conciliado. Então acho que essas mágicas fiscais acabam levando é a perda da credibilidade das contas nacionais”, destacou Gil Castelo Branco, economista.
O ministro não quis dizer quanto o governo pretende economizar neste ano, isso só será definido no fim do mês. Mas afirmou que as receitas do governo estão crescendo e as despesas, sendo controladas.
“Nós estamos em uma trajetória positiva da economia brasileira, melhoria do investimento, do emprego, do consumo, das concessões. Tudo isso vai convergir no sentido de que tenhamos um 2014 melhor do que 2013”, completou Mantega.
Fonte: G1
