O governo anunciou nesta sexta-feira (19) que vai cortar quase R$ 23,5 bilhões do orçamento. Mesmo assim, ainda vai pedir autorização ao Congresso pra encerrar o ano gastando mais do que arrecada.
O diagnóstico do governo é de que o cenário econômico piorou nos últimos dois meses. A estimativa de inflação subiu. De 6,47% para 7,10%. E a previsão é de uma queda mais acentuada do PIB. De 1,9% para 2,9%.
A resposta do governo: um corte de mais de R$ 23 bilhões do orçamento. O corte não afeta o programa Minha Casa Minha Vida, obras para as Olimpíadas e de combate à crise de abastecimento de água.
R$ 4,2 bilhões serão cortados de obras do PAC. A tesoura vai reduzir em R$ 8,1 bilhões as emendas de deputados e senadores. E em R$ 11 bilhões o orçamento dos ministérios. Educação e Saúde perderam quase R$ 4 bilhões.
“Não faltarão recursos orçamentários para o enfrentamento do zika vírus, e também o Sistema Único de Saúde, e Mais Médicos e no desenvolvimento social, o Bolsa Família está preservado e demais programas, como o Brasil Sem Miséria”, afirma Valdir Simão, ministro do Planejamento.
O governo queria anunciar os cortes no mês que vem. Acabou se antecipando porque a agência de avaliação de riscos Standard and Poor’s rebaixou a nota do Brasil pela segunda vez seguida. Ainda assim, o bloqueio de gastos divulgado nesta sexta-feira (19) é o menor dos últimos seis anos.
E a equipe econômica ainda vai pedir ao Congresso que aprove uma lei que permita reduzir a meta fiscal deste ano, a economia para pagar os juros da dívida pública.
Fonte: Jornal Nacional