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Google obriga criptografia no Gmail para burlar espionagem

Após o escândalo de espionagem envolvendo a Agência Nacional de Inteligência dos Estados Unidos (NSA), o Google resolveu criptografar as comunicações entre servidores para evitar que mensagens privadas sejam interceptadas.

O sistema HTTPS, que desde 2010 estava disponível para usuários do Gmail, agora será obrigatório e não poderá ser desativado. “A mudança significa que ninguém poderá acessar as mensagens quando vão e vêm entre o usuário e os servidores do Gmail — não importa se você está usando WiFi público ou logando do seu computador, celular ou tablet”, informa a companhia em seu blog.

A medida de segurança protege não só as comunicações entre o usuário e os servidores, mas também entre os próprios servidores do Google. Segundo as revelações de Edward Snowden, os centros de dados das empresas de internet e tecnologia estavam entre os principais alvos da NSA.

O Google não especificou se a criptografia utilizada será do tipo end-to-end, apontada como a forma mais eficaz de proteger as comunicações pela internet. Recentemente, Facebook e Twitter abriram mão, por ora, desse tipo de criptografia por conta de sua complexidade e por exigir um certo nível de especialização e conhecimento da parte dos usuários.

Larry Greenemeier, editor de tecnologia da Scientific American, lembra que o uso da criptografia para burlar a espionagem e roubo de dados exige várias limitações e qualificações — e mesmo assim não pode garantir total segurança. “Dada a diversidade do terreno digital, dados raramente são encriptados do começo ao fim. Mesmo quando dados são encriptados em trânsito de um computador a outro em uma rede, eles frequentemente precisam ser desencriptados a cada ponto e depois reencriptados quando enviados ao computador seguinte”, explica.

Fonte: Administradores