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Geração de postos de trabalho perde força, diz economista do IBGE

Apesar de apresentar uma taxa de desemprego estável em abril, em relação a março e a abril de 2012, a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou um dado inédito pelo menos desde janeiro de 2011: a população ocupada em abril estava menor do que a população em idade ativa. Segundo o coordenador da Coordenação de Trabalho e Renda do IBGE, Cimar Azeredo, esse quadro é um sinal de perda de força na geração de postos de trabalho. Mas ele ainda não fala em sinal amarelo para o aumento do desemprego.

“Em abril, já poderíamos estar vivendo o processo de contratação, de reaquecimento do mercado. Mas é cedo para afirmar que esse movimento desponte para o desalento. Se a população ativa continuar crescendo mais que a população ocupada, vai acontecer um déficit de postos de trabalho. Porém, é preciso observar o mercado em maio e junho ainda. Pode ser uma situação momentânea”, disse o economista.

A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 5,8% em abril, menor valor para um mês de abril desde 2002, quando a série teve início.

Segundo Cimar, o início de ano mostra um processo de estabilidade no mercado, que parou de dispensar, mas ainda não apresentou sinais de contratação. Porém, ele reafirma que ainda é cedo para se afirmar que o país pode ter um aumento de desemprego.

“Em 2012, a taxa média de desocupação nos quatro primeiros meses do ano ficou em 5,9%. A média no mesmo período em 2013 está em 5,6%”, disse.

Fonte: G1