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Estado islâmico usa criança para matar dois alegados espiões russos

Tal como o grupo islamita nigeriano Boko Haram, também o Estado Islâmico (EI) está a recorrer a crianças para chamar a atenção da comunidade internacional. Nesta terça-feira, o EI divulgou um vídeo na internet que mostra uma criança a executar dois supostos espiões ao serviço da Rússia.

Os supostos infiltrados, ajoelhados, revelam ser oriundos do Cazaquistão e da Rússia e que estavam a trabalhar para os serviços de inteligência russos.

Um deles chamado Mamayev Jambulat Yesenjanovich disse que procurava obter “informações sobre combatentes russos entre os jihadistas”, enquanto o outro, Ashimov Sergey, referiu que tinha como missão localizar e matar um líder do Estado Islâmico.

As revelações foram proferidas após uma sequência de questões colocada por um extremista de barbas, vestido de camuflado, que falou em russo.

“Alá encarregou a agência de segurança do Estado islâmico de deter estes dois espiões. Pela graça de Alá, eles agora estão sob a custódia dos pequenos leões do Califado”, declarou o jihadista.

Nas imagens difundidas pelo al-Hayat Media, que tem sido a máquina de propaganda do grupo radical, esse homem está acompanhado por um rapaz, cuja idade não é revelada – mas que aparenta não ter mais de 12 anos – que depois disparou contra os dois indivíduos na cabeça.

Ao contrário dos vídeos com reféns, em que os prisioneiros aparecem vestidos de laranja, os dois homens visados neste vídeo de pouco mais de sete minutos usam vestes cinzentas.  

Ainda não há nenhuma confirmação de Moscovo quanto à autenticidade do vídeo. Do Departamento do Estado norte-americano também não houve reações.    

Não é a primeira vez que esta criança é utilizada na difusão do Estado Islâmico. Este vídeo termina precisamente com imagens de outro anterior, posto a circular em  novembro, no qual se exibia um campo de treino onde está a ser preparada a “próxima geração” de jihadistas, que incluía este jovem. Autodenominava-se “Abdullah”, do Cazaquistão, e admitia que quando crescesse queria “matar infiéis”. 

Fonte: Expresso de Portugal